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Ibama detecta "óleo residual" de navio com minério da Vale; tanques estariam intactos

Economia|

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Ibama detectou óleo em torno do navio MV Stellar Banner, que transporta cerca de 295 mil toneladas de minério de ferro da mineradora Vale e encalhou na última segunda-feira na costa do Maranhão após sofrer uma avaria, de acordo com nota do instituto publicada nesta sexta-feira.

Segundo o órgão ambiental federal, uma aeronave equipada com sensores para detecção de óleo sobrevoou na manhã desta sexta-feira a área em que a embarcação está encalhada e identificou "uma mancha fina de óleo com raio de aproximadamente 830 metros".

Para o Ibama, o "óleo residual" saiu do porão da embarcação e o cálculo do volume será realizado nas próximas horas.

O instituto disse, citando equipe especializada contratada pela empresa responsável pelo navio, que os tanques com combustível estão "intactos".

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"A casa de máquinas está seca e os motores de geração de energia estão em funcionamento", acrescentou o Ibama.

A operadora do navio, a sul-coreana Polaris Shipping, afirmou que se acredita que o óleo observado no local seja resíduo do chamado "óleo morto" que estava no convés, e não de vazamento dos tanques de combustível.

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"Em estreita cooperação com a Vale, a empresa está mobilizando todos os ativos disponíveis no Brasil para erradicar qualquer risco potencial de derramamento de óleo. Uma equipe antipoluição já está no local, monitorando de perto a situação", afirmou a companhia em nota.

Mais cedo, a Polaris Shipping disse à Reuters por meio da assessoria de imprensa que os tanques de combustível estavam intactos.

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O Ibama afirmou ainda que estavam programados pelo menos outros dois voos para a tarde desta sexta-feira com o objetivo de monitorar a mancha.

Na véspera, a mineradora Vale informou que obteve junto à Petrobras navios chamados de Oil Spill Recovery Vessel (OSRV, na sigla em inglês) para conter um eventual vazamento de óleo da embarcação, que teve problemas após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), na segunda-feira.

Nesta sexta-feira, a Vale informou que os navios cedidos pela Petrobras devem chegar ao local no sábado.

Além do apoio da Petrobras, a Vale disse que contratou especialistas em salvatagem para acelerar o plano de retirada do combustível da embarcação.

A empresa, que disse estar empenhando todos os esforços para mitigar possíveis impactos causados pelo incidente, informou também sobre a solicitação de boias oceânicas offshore, que podem servir preventivamente como barreiras de contenção caso haja vazamento de óleo.

A embarcação está encalhada a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís (MA), fora do canal de acesso do Terminal Marítimo Ponta da Madeira. Os 20 tripulantes que estavam no navio foram retirados em segurança.

"Como operadora portuária, a Vale reforça que seguirá atuando no caso com total suporte técnico-operacional e colaboração ativa com a autoridade marítima", informou a Vale.

De acordo com nota da Marinha, da véspera, as autoridades e empresas avaliavam também planos de desencalhe para a retirada da embarcação do local.

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(Por Roberto Samora e Marta Nogueira)

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