Índice saltava 1,6% às 14h54 desta quarta-feira
Ricardo Moraes/Reuters - 8.6.2018A bolsa paulista ampliava os ganhos nesta quarta-feira (9), com o Ibovespa superando os 93 mil pontos pela primeira vez na história, em meio a expectativas de que Estados Unidos e China anunciem algum avanço nas negociações comerciais, bem como sinais de avanço em proposta de reforma da Previdência no Brasil.
Investidores também aguardam a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, prevista para 17h, em busca de sinais sobre os próximos passos do banco central norte-americano em relação aos juros.
Às 14:54, o Ibovespa subia 1,61%, a 93.568 pontos. O volume financeiro somava R$ 9,1 bilhões.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em máxima história na véspera, em 92.031,86 pontos.
De acordo com o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa no London Capital Group, o mercado entendeu a extensão das negociações entre Estados Unidos e China para um terceiro dia como sinal de progresso nas discussões, respaldado por comentários favoráveis de ambas as partes.
"É provável que um acordo ainda esteja longe, com muitas reviravoltas ainda a serem superadas ao longo do caminho. No entanto, a extensão é um passo na direção certa, enviando um sinal de que os dois lados estão em negociações sérias e estão trabalhando duro para resolver os problemas", citou.
As equipes da China e dos Estados Unidos encerraram nesta quarta-feira as negociações comerciais em Pequim e autoridades disseram que os detalhes serão divulgados em breve.
No exterior, as bolsas na Ásia fecharam em alta, movimento que era adotado pelos pregões na Europa e futuros acionários norte-americano. O petróleo também tinha uma sessão positiva.
Para a equipe da corretora H.Commcor, há motivos no cenário externo para continuidade da busca por ativos de risco, dependendo apenas do conteúdo da ata do Fed, no final da tarde, que "pode mexer com os mercados, especialmente se levar a leituras menos 'dovish' do que a atual".
Da cena doméstica, agentes financeiros repercutiam positivamente sinalizações favoráveis sobre a reforma da Previdência, considerada crucial por investidores para a melhora da situação fiscal do país e assim da confiança no Brasil.
"A perspectiva de que a proposta da reforma da Previdência poderá ser mais profunda e apresentada pela nova equipe econômica na próxima semana deverá realimentar o ânimo já visto no pregão de ontem", avalia a equipe da corretora Ágora, conforme nota a clientes.
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