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Ibovespa cai com apreensão sobre efeitos econômicos do coronavírus 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,2%, aos 78.118,57 pontos, após sessão marcada pela volatilidade

Economia|

Reuters
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O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira (7), após um pregão volátil, com as preocupações sobre os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia brasileira.

Também pesou o ambiente político a influência positiva do cenário externo e o corte acima do esperado da taxa básica de juros da economia brasileira na véspera.

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Na sessão, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,2%, aos 78.118,57 pontos, após oscilar entre 78.061,44 pontos e 80.061,19 pontos ao longo do dia, com balanços corporativos também no radar dos agentes financeiros. O volume financeiro do pregão somou R$ 28,5 bilhões.

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A decisão do Banco Central de reduzir o juro básico do país a 3% ao ano deu suporte a ações de exportadoras, em movimento ainda respaldado por dados de comércio exterior da China melhores do que o esperado. O corte de 0,75 ponto percentual, no entanto, também reforça um ambiente que tende a favorecer a migração de recursos para ativos como ações.

Ao longo do dia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou mais cedo que empresários alertaram o governo que, mantidas as medidas de contenção ao coronavírus, em 30 dias pode começar a faltar comida e produtos na prateleiras.

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"E aí você entra em um sistema não só de colapso econômico, mas de desorganização social", afirmou na porta do STF (Supremo Tribunal Federal), onde participou ao lado de Bolsonaro e de uma comitiva de empresários de audiência de última hora com o presidente da corte, Dias Toffoli.

Para o analista Ilan Arbertman, da Ativa Investimentos, a declaração alinhada de Bolsonaro e Guedes repercutiu bem, mas não há discurso que tire o risco e a efervescência política do radar dos investidores, que segue penalizando ativos domésticos.

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"Tudo isso em um momento frágil da economia do País. Não dá para ignorar 'termos' como 10 milhões de empregos perdidos, colapso da economia. Tudo isso tem reforçado o entendimento no mercado de que a retomada da economia pode ser mais demorada do que se previa", acrescentou.

Destaques

- BANCO DO BRASIL ON caiu 2,7%, mesmo com resultado considerado positivo por analistas, mas incapaz de evitar a pressão negativa nos papéis de bancos, que responderam pela maior pressão de baixa no Ibovespa, dadas as perspectivas econômicas sombrias, além do corte da Selic. BRADESCO PN caiu 4,3% e ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 3,6%.

- AMBEV ON fechou em queda de 2,45%, após forte queda no lucro do primeiro trimestre e perspectiva de que o que o impacto da pandemia nos resultados do segundo trimestre seja materialmente maior.

- VALE ON fechou com acréscimo de 3,88%, favorecida ainda pela alta dos preços do minério de ferro na China, com o setor de mineração e siderurgia como um todo em alta. GERDAU PN avançou 6,96%.

- PETROBRAS PN valorizou-se 0,93% e PETROBRAS ON ganhou 2,01%, mesmo com a piora dos preços do petróleo no mercado internacional. Fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que a Petrobras adiou planos para a venda de fatia do polo de Marlim, na Bacia de Campos.

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