Volume financeiro da sessão somou R$ 19,1 bilhões
Paulo Whitaker/Reuters - 24.6.2019O principal índice da Bovespa recuou nesta quinta-feira (24), em dia de realização de lucros após recentes recordes, mas também reagindo ao noticiário corporativo, marcado por resultados trimestrais abaixo das expectativas.
Na sessão, o índice caiu 0,52%, a 106.986,15 pontos. O volume financeiro da sessão somou R$ 19,1 bilhões.
A realização de lucros já era esperada após o índice ter avançado cerca de 2,7% na semana até a sessão da véspera, em que fechou com recorde.
Para Fábio Galdino, chefe de renda variável da Vero Investimentos, o movimento é saudável. "Os ativos da bolsa se valorizaram muito nos últimos 15 dias, é normal que a gente tenha uma realização após altas fortes", afirmou.
O BTG Pactual revisou projeção para a taxa básica de juros e agora estimam que a Selic caia a 4% no final do ciclo de alívio monetário em 2020. Antes, eles previam o ciclo terminando em 4,5% no final deste ano.
Após a sessão, Petrobras, Vale, Lojas Renner e Fleury divulgam seus balanços trimestrais, seguidas por Ambev e Usiminas na manhã de sexta-feira.
Destaques
• CSN despencou 6,85%, após prejuízo líquido de R$ 871 milhões no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 752 milhões obtido um ano antes e corte em cerca de 12% sua projeção de resultado operacional em 2019.
• LOCALIZA ON cedeu 6,17% após divulgar lucro abaixo do previsto por analistas no terceiro trimestre, refletindo maior pressão nos preços para venda de carros, o que resultou em despesas com depreciação.
• VALE ON perdeu 0,76%, revertendo os ganhos da abertura, apesar da alta nos preços do minério de ferro na China e na expectativa do resultado do terceiro trimestre, previsto para após o fechamento do mercado brasileiro.
• PETROBRAS PN cedeu 2,18%, com investidores aguardando divulgação de balanço trimestral após a sessão.
• BRADESCO PN recuou 0,11%, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 0,47%.
• AMBEV ON subiu 2,73%, tendo no radar o balanço na sexta-feira, antes da abertura do mercado. O Bradesco BBI citou em nota a clientes que a companhia pode divulgar dados melhores do que o esperado sobre vendas de cerveja no Brasil.
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