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Ibovespa recua, e dólar fecha em queda, a R$ 5,37, com acenos do governo eleito à moderação fiscal

A moeda americana à vista caiu 0,58%, mas fechou bem acima da mínima do dia, depois de ter chegado a R$ 5,32

Economia|

A moeda americana à vista caiu 0,58%, a R$ 5,3750 na venda
A moeda americana à vista caiu 0,58%, a R$ 5,3750 na venda A moeda americana à vista caiu 0,58%, a R$ 5,3750 na venda

O dólar caiu frente ao real nesta sexta-feira (18), revertendo o avanço registrado na véspera, após as tentativas do governo eleito de tranquilizar os mercados quanto ao risco de descontrole fiscal na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

A moeda americana à vista caiu 0,58%, fechando a R$ 5,3750 na venda, mas bem acima da mínima do dia, depois de, mais cedo, ter chegado a ceder 1,45%, a R$ 5,3280.

Já o Ibovespa recuou 0,64%, a 108.999,41 pontos, diante de preocupações fiscais no cenário local e em meio a notícias sobre quem deve assumir a pasta da Fazenda no novo governo.

A queda do dólar veio depois de, na véspera, a moeda ter disparado acima de R$ 5,50 reais nos picos da sessão, em resposta à minuta da PEC do estouro. O texto apresentado pelo governo eleito nesta semana embutiu a proposta de excepcionalizar R$ 175 bilhões do teto de gastos para o pagamento do Bolsa Família por tempo indeterminado.

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Diante da reação adversa de investidores ao desenho da PEC, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin afirmou na quinta-feira (17) que a reação do mercado é momentânea e será superada. Ele garantiu que o governo Lula vai discutir um novo arcabouço fiscal em algum momento.

"Isso de certa forma ajudou a acalmar um pouco o mercado, indicou que o governo [eleito] pode ter entendido o recado de que não era para cometer erros no campo fiscal", disse à Reuters Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, sobre a queda do dólar nesta sexta-feira.

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"A perspectiva de que o Congresso desidrate e eventualmente possa deixar o prazo [da PEC] mais determinado ajudou também", acrescentou o especialista.

Fontes envolvidas nas negociações da PEC ouvidas pela Reuters disseram que aliados do novo governo admitem que terão de ceder durante as negociações do texto e definir um prazo da exceção ao teto, para que a proposta avance a tempo de ser promulgada pelo Congresso ainda neste ano.

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Juntando-se a um coro de instituições financeiras, o Citi disse nesta sexta-feira que espera que PEC da Transição seja diluída durante a tramitação no Congresso. No entanto, o banco piorou suas projeções para os indicadores fiscais do Brasil.

Izac, da Nexgen, também atribuiu a baixa do dólar neste pregão a um movimento técnico de realização de lucros após um salto recente.

Limitando a recuperação do real nesta sexta-feira, a falta de definição sobre quem chefiará a pasta econômica do novo governo mantinha vivas as especulações de que Lula poderia indicar para o cargo de ministro da Fazenda um nome inclinado a medidas fiscais heterodoxas aos olhos do mercado. Três fontes disseram à Reuters na quarta-feira (16) que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad é o visto como o favorito do presidente eleito para comandar a pasta.

"Isso está totalmente ligado a como será a política fiscal. O mercado espera que tenhamos um nome mais técnico e menos político, então, quando vimos burburinhos sobre Haddad, o mercado reagiu negativamente", avaliou Izac.

Na semana, sua segunda consecutiva de ganhos, o dólar avançou 0,85% frente ao real.

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