A inflação dos Estados Unidos subiu menos do que o esperado em novembro em meio a quedas no custo da gasolina e dos carros usados, levando ao menor aumento anual da inflação em quase um ano. O movimento pode abrir caminho para o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, começar a reduzir o tamanho de seu aumento dos juros amanhã (14).
O índice de preços ao consumidor aumentou 0,1% no mês passado, após avanço de 0,4% em outubro, disse o Departamento do Trabalho nesta terça-feira (13). Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,3%.
Nos 12 meses até novembro, o índice subiu 7,1%, a menor taxa desde dezembro de 2021, o que mostra desaceleração em relação ao aumento de 7,7% visto em outubro. A taxa anual atingiu um pico de 9,1% em junho, máxima desde novembro de 1981.
A inflação anual está diminuindo, em parte porque os grandes aumentos do ano passado caem fora do cálculo. A postura agressiva da política monetária do Fed também está amortecendo a demanda.
O relatório foi publicado no dia em que autoridades do banco central dos EUA iniciam sua última reunião do ano. O Fed — no meio do ciclo de altas de juros mais forte desde os anos 1980 — deve elevar a taxa básica em 0,5 ponto percentual, o que quebra uma seqüência de quatro aumentos de 0,75 ponto percentual.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o núcleo do índice de preços ao consumidor aumentou 0,2% no mês passado, depois de subir 0,3% em outubro. Nos 12 meses até novembro, o núcleo avançou 6,0%, de 6,3% em outubro.
Economistas preveem que o Fed elevará sua taxa básica a um nível superior aos 4,6% projetados recentemente, onde pode permanecer por algum tempo. Eles esperam que o banco central eleve sua estimativa para a chamada taxa terminal na quarta-feira.
O presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, disse no mês passado que o banco central poderia reduzir o ritmo dos aumentos "já em dezembro". O Fed aumentou a taxa de juros em um total de 3,75 pontos neste ano, de quase zero para uma faixa de 3,75%-4%.