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Inflação e aumento das tarifas derrubam vendas no varejo em São Paulo

Quedas da massa salarial e do nível de emprego também tiveram impacto no comércio

Economia|Do R7

Nos últimos 12 meses, comparando-se com os 12 meses anteriores, as vendas no comércio paulistano apresentaram estagnação
Nos últimos 12 meses, comparando-se com os 12 meses anteriores, as vendas no comércio paulistano apresentaram estagnação Nos últimos 12 meses, comparando-se com os 12 meses anteriores, as vendas no comércio paulistano apresentaram estagnação

As vendas no varejo da cidade de São Paulo caíram 3,3%, em média, no primeiro trimestre de 2015, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

O presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), Alencar Burti, afirma que esse “resultado se deve aos ajustes pelos quais a economia passa para o combate à inflação e a restauração da credibilidade das contas públicas”.

— Outros fatores são o aumento de tarifas, que comprime a renda, e a queda na confiança do consumidor.

Burti aconselha o ministro da Fazenda a “olhar a crise de dentro do governo, a partir dos gastos públicos, para, depois, olhar para fora, adotando as medidas econômicas necessárias”.

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De acordo com o Balanço de Vendas da ACSP, nos últimos 12 meses, comparando-se com os 12 meses anteriores, as vendas no comércio paulistano apresentaram estagnação, em média: as vendas à vista registraram leve aumento de 0,1% e as vendas a prazo recuaram 0,2%.

À vista ou a prazo

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As vendas à vista recuaram 3,9% de janeiro a março de 2015 ante o mesmo período de 2014, impactadas pelas quedas da massa salarial e do nível de emprego, divulgadas recentemente pelo IBGE.

O consumidor precisa destinar mais recursos para pagar tarifas e alimentos e, assim, perde o poder de compra. Já as vendas a prazo caíram um pouco menos (-2,6%).

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Segundo Burti, espera-se que, “passada a fase mais aguda dos ajustes, o comércio possa voltar a se recuperar gradualmente”.

Inadimplência

No primeiro trimestre de 2015, o Indicador de Registro de Inadimplentes do Balanço de Vendas da ACSP mostrou diminuição de 9% sobre o mesmo período de 2014. O resultado decorre da diminuição da demanda por crédito, por parte das famílias, devido à queda da confiança do consumidor, que leva à cautela quanto a endividamentos. Além disso, a concessão de crédito pelas lojas e financeiras está mais seletiva.

No mesmo período analisado, o Indicador de Recuperação de Crédito, que aponta os pagamentos de dívidas, caiu 11% ante 2014, pois o consumidor está com menos recursos para renegociar.

O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, e é baseado em amostra de dados de clientes da Boa Vista Serviços, que administra o SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

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