O índice que mede a ICF (Intenção de Consumo das Famílias) recuou 3,3% em março ante fevereiro, para 125,5 pontos, informou nesta terça-feira (18), a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
Na comparação com março de 2013 houve queda de 5,1% — mais forte do que a retração de 4,2% registrada em fevereiro. Nessa base de comparação, o último resultado positivo foi em dezembro de 2012. Em nota, a CMC explicou os números.
— [O resultado ocorreu em razão da] Alta mais forte do nível de preços no mês, manutenção de um elevado nível de endividamento e crédito mais caro mantiveram a intenção de consumo em um ritmo inferior.
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O relatório ressalta, porém, que o índice mantém-se acima da zona de indiferença (100,0 pontos), "indicando um nível favorável". Todos os componentes do ICF apresentaram queda, tanto na comparação anual quanto na mensal.
— Mesmo estando ainda em um patamar favorável, os índices relacionados ao emprego e à renda também refletiram um menor otimismo das famílias com o mercado de trabalho.
Os motivos citados como causas da queda do ICF na comparação anual são os mesmos vistos no quadro mensal: inflação, endividamento e maior custo de crédito.
A queda mensal do ICF foi puxada pelas famílias de menor renda. A intenção de consumo das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos recuou 3,5% ante fevereiro. As famílias com renda acima de dez salários mínimos também apresentaram retração (-2,4%). O índice das famílias mais ricas encontra-se em 129,9 pontos, e o das demais, em 124,7 pontos, informou a CNC.