O dólar fechou em leve alta ante o real nesta quarta-feira (16), com investidores montando posições para se protegerem antes do feriado prolongado no Brasil, apesar do quadro global de apetite por risco provocado pelo crescimento maior do que o esperado da China.
A moeda norte-americana avançou 0,15%, a R$ 2,2418 na venda, após chegar a R$ 2,2237 na mínima do dia e R$ 2,2465 na máxima. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão.
"O pessoal não quer ficar exposto num feriado prolongado em que os mercados internacionais vão abrir, então já monta posições para se proteger", disse o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.
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Os mercados domésticos não abrirão na sexta e segunda-feira em função dos feriados da Semana Santa e de Tiradentes.
Esses movimentos técnicos levaram a divisa dos EUA a anular a queda vista mais cedo após dados positivos sobre a China. A economia chinesa cresceu um pouco melhor do que o esperado, a 7,4% no primeiro trimestre deste ano. A desaceleração da segunda maior economia do mundo tem alimentado a cautela dos investidores em relação a ativos emergentes.
"Ontem, o mercado estava com mau humor em relação à China. Agora que os dados mostraram que o pessimismo estava um pouco exagerado, está dando uma corrigida", disse mais cedo o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.
No exterior, o alívio levou o dólar a perder terreno em relação a moedas como o peso mexicano e a lira turca, além de impulsionar as bolsas norte-americana e brasileira ao território positivo.
Analistas ressaltam, contudo, que a pressão de alta sobre a moeda norte-americana não deve perdurar no curto prazo, diante de constantes expectativas de ingressos de recursos. Só na semana passada, o Brasil registrou entrada líquida de US$ 2,9 bilhões, segundo dados do BC divulgados nesta quarta-feira, revertendo o saldo no mês para superávit de US$ 1,001 bilhão.
"O quadro de entrada de capitais continua por aí", disse o analista de uma corretora nacional.
A alta do dólar no Brasil veio mesmo diante da constante atuação do Banco Central brasileiro. Pela manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4.000 swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Todos os novos contratos vencem em 2 de março de 2015, com volume equivalente a US$ 197,9 milhões.
Um pouco mais tarde, a autoridade monetária vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de maio. Até agora, já rolou cerca de 50% do lote total que vence no próximo mês, correspondente a US$ 8,733 bilhões.
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