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Irã tem dificuldade para encontrar navios suficientes para exportações de petróleo

Economia|

LONDRES (Reuters) - O Irã está enfrentando dificuldades para aumentar as exportações de petróleo porque muitos de seus navios petroleiros estão armazenando petróleo, alguns não têm condições para navegar e os proprietários de navios estrangeiros permanecem relutantes em carregar suas cargas.

Teerã está buscando retomar o comércio perdido com a Europa após a suspensão das sanções impostas pela União Europeia em 2011 e 2012, que privaram o país de um mercado que correspondia a um terço de suas exportações e o deixou completamente dependente de compradores asiáticos.

O Irã tem entre 55 e 60 petroleiros em sua frota, disse uma autoridade sênior do governo iraniano à Reuters. Ele não quis dizer quantos foram usados para armazenar cargas que não foram vendidas, mas fontes do setor disseram que entre 25 e 27 cargueiros foram ancorados em corredores marítimos próximos a terminais incluindo Assaluyeh e Kharg Island para este propósito.

Outros 20 navios precisam de reparos para atender os padrões internacionais de navegação e, segundo dados da Reuters, 11 tanques iranianos estavam carregando petróleo nesta terça-feira para a Ásia.

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Isto significa que são necessários navios estrangeiros para ampliar as exportações para a Europa e outros lugares, disseram fontes da indústria, para que o Irã possa atingir sua meta de alcançar os níveis de embarque anteriores às sanções ainda neste ano. Mas muitos donos de navios não estão dispostos a aceitar cargas iranianas, em meio a um boom no mercado de cargueiros de petróleo.

A principal razão é que algumas restrições norte-americanas a Teerã permanecem em vigor e proíbem qualquer negociação em dólares ou o envolvimento de empresas dos EUA, incluindo bancos - um grande obstáculo para os negócios de petróleo e navios-tanque, que são cotados em dólares.

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Oito petroleiros estrangeiros, carregando um total de cerca de 8 milhões de barris de petróleo, levaram petróleo iraniano para destinos europeus desde que as sanções foram suspensas em janeiro, de acordo com dados de fontes que rastreiam petroleiros e corretores de navios.

Isso equivale a somente cerca de dez dias de vendas nos níveis pré-2012, quando os europeus compravam até 800 mil barris por dia do produtor da Opep.

(Por Jonathan Saul e Parisa Hafezi)

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