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Lagarde elogia política econômica brasileira por estar no caminho certo

Economia|

Rio de Janeiro, 22 mai (EFE).- A diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou nesta sexta-feira no Rio de Janeiro que o Brasil vai pelo "bom caminho", apesar da previsão de contração no PIB deste ano. "Prevemos uma contração de 1% este ano e uma leve recuperação ano que vem", disse Lagarde em discurso no XVII Seminário Anual sobre Metas para a Inflação, organizado pelo Banco Central. Lagarde, que encerra hoje uma visita de dois dias ao Brasil, em que se reuniu em Brasília com a presidente Dilma Rousseff, apontou algumas das principais dificuldades tanto para a economia brasileira como para outros países da região. Os baixos preços dos bens, a alta exposição às oscilações no preço do petróleo, a queda da demanda no resto do mundo e a desaceleração do consumo interno são atualmente os quatro pontos fracos da economia da região que estão freando sua recuperação, apontou Lagarde. De acordo com a diretora-geral do FMI, o Brasil está diante de "uma disjuntiva crítica" devido, em grande medida, ao pouco ou nulo crescimento (0,1% em 2014) e à desaceleração de alguns de seus principais parceiros comerciais. "É imperativo promover o crescimento, mas isto tem a ver mais com a oferta do que com a procura", avaliou Lagarde. Para alcançar este objetivo é imprescindível lembrar-se da importância de três pontos chave na economia de qualquer país: a flexibilidade nas taxas de câmbio, as metas de inflação e a responsabilidade fiscal, afirmou. Neste sentido, a diretora do FMI opinou que as medidas de ajuste adotadas pelo governo do Brasil são a "receita correta". "Agora o que importa é a implementação das reformas", disse a economista francesa em referência ao corte dos gastos públicos que o governo deve anunciar ainda hoje, e que faz parte do pacote de ajustes proposto pelo Executivo. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, comentou ontem que estas medidas de ajuste fiscal poderiam implicar em um significativo corte do gasto público, entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. "Acho que estabelecer objetivos, como o ministro Joaquim Levy fez, é a abordagem correta para recuperar e assentar a confiança dos investidores", declarou Lagarde. A representante do FMI não quis avaliar a perda de confiança na economia brasileira em consequência do escândalo de corrupção na Petrobras. No entanto, não hesitou em afirmar que certamente "a falta de transparência, as zonas cinzentas e a corrupção são brechas no desenvolvimento de toda economia". Deixando de lado as medidas de ajuste fiscal que o governo pode tomar, Lagarde ressaltou a importância de dar passos para reduzir os custos da atividade empresarial, sanar as deficiências de infraestruturas e impulsionar a integração comercial. Apesar de reconhecer que as condições externas são agora menos favoráveis e que as limitações internas não são "insignificantes", Lagarde se mostrou otimista e previu "uma recuperação do crescimento e um período de prosperidade global". "O Brasil pode ser um dos principais motores disso", finalizou a diretora-geral. EFE rso/cd (foto) (vídeo)

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