para Levy, retração e inflação de dois dígitos com juros elevados são influenciadas por fatores externos
Geraldo Magela/18.11.2015/Agência SenadoO ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quinta-feira (10) que a decisão da Moody's de ameaçar retirar o selo de bom pagador do Brasil em breve reflete a atual situação do País e defendeu que é preciso ter união para fazer reformas.
— A questão do rebaixamento reflete a realidade. Se você não se organiza, não tem união e o resultado é sério. [...] O governo não está achando normal ter isso.
Na véspera, a Moody's deixou o País mais perto de perder o selo de bom pagador pela segunda grande agência de classificação de riscos ao colocar o rating "Baa3" em revisão para rebaixamento.
A agência explicou que a revisão, que significa normalmente que uma ação pode acontecer em até 90 dias, é consequência da paralisia política, em meio ao processo de abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, e deterioração das condições macroeconômicas e fiscais do País.
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Levy destacou ainda que as metas econômicas do Brasil, que enfrenta quadro de retração e inflação de dois dígitos com juros elevados, são influenciadas por fatores externos, "inclusive políticos".
O ministro participou de evento da Febraban ao lado do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Em discurso, Levy ainda ressaltou que é importante entender que o Brasil tem segurança em relação à sua dívida e que, se não fossem as dificuldades de cunho político, as condições de dívida externa estariam melhores.
— A dívida do Tesouro é de médio e longo prazo.
Ele ainda defendeu a reforma da Previdência Social e a necessidade de encontrar uma fonte de receita para atingir o equilíbrio fiscal.
— É preciso ação de curto prazo para encontrar uma fonte de receita específica para criar uma ponte para chegarmos à estabilidade fiscal.
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