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Mais de 10 mil já aderiram a planos de demissão da Petrobras

Maior parte do grupo, que corresponde a 22% dos funcionários da empresa, deve se desligar até dezembro e uma parte menor deve sair em 2021

Economia|

Castello Branco prevê redução de 15 mil funcionários
Castello Branco prevê redução de 15 mil funcionários Castello Branco prevê redução de 15 mil funcionários

Cerca de 10 mil funcionários aderiram ao mais recente programa de desligamento voluntário da Petrobras, disse o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, nesta quarta-feira (1º).

A maior parte do grupo, que representa 22% do atual efetivo da companhia no Brasil, excluindo subsidiárias, deve se desligar até dezembro e uma parte menor deve sair em 2021, disse Castello Branco. 

Leia mais: Investir em ações da Petrobras é um bom negócio no momento?

A estatal quer sair do processo no longo prazo com 30 mil funcionários, comparado aos mais de 45 mil atuais, disse o presidente em debate promovido pelo jornal Valor Econômico.

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No fim, o sistema Petrobras terá seu quadro reduzido a quase um terço dos 86 mil funcionários que tinha em 2013, antes de o preço do petróleo despencar à metade no mercado internacional, a Lava Jato começar e a empresa iniciar uma massiva venda de ativos.

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A empresa também considera vender edifícios próprios, informou a diretora financeira Andrea Almeida em um webinar separado. Não apenas por causa da redução de quadro, mas também por planos de remanejar de parte dos funcionários para trabalho remoto, afirmou Andrea.

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A Petrobras teve uma bem-sucedida experiência durante a pandemia do coronavírus, quando até 90% do quadro administrativo trabalhou de casa, informou previamente a empresa.

O programa de venda de ativos segue sem alterações, assim como a meta de redução da dívida, disse ela. A empresa, no entanto, está se adequando a um mercado de preços mais baixos internacionalmente para seus produtos e deve cortar investimentos nos próximos anos.

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Desinvestimentos

A Petrobras precisará dar mais tempo aos potenciais investidores para fazer ofertas por seus ativos, inclusive para suas refinarias à venda e participações em suas afiliadas petroquímica e de distribuição de combustíveis.

A estatal gostaria de ter parte das refinarias com a venda concluída ("closing") em 2021, segundo a diretora.

O desinvestimento da participação da Petrobras na petroquímica Braskem em 2020 seria desejável, mas pode não ser possível, uma vez que o novo coronavírus trouxe incertezas e mudou as condições do mercado, disse ela.

O mesmo se aplica à participação na BR Distribuidora, que não será "vendida a qualquer preço", afirmou Andrea.

A Petrobras recebeu na semana passada ofertas vinculantes para sua refinaria da Bahia, a primeira de um grupo de oito unidades de refino que a petroleira planeja vender.

A Repar, no Paraná, será a próxima a ser lançada no mercado nas próximas semanas, disse Castello Branco.

Melhora

O mercado de combustíveis deve melhorar no segundo semestre do ano e a demanda poderá se recuperar para níveis pré-pandemia, mas os preços deverão permanecer mais baixos, avaliou a diretora, acrescentando que a Petrobras bateu recordes de exportação de petróleo em abril e de óleo combustível em maio.

A demanda por gasolina se recuperou nas últimas semanas e outros combustíveis devem seguir pelo mesmo caminho, com a exceção de combustíveis para aviões.

Segundo a executiva, há questionamentos no mercado se haverá uma mudança de padrão de comportamento de passageiros, com efeitos permanentes para o mercado internacional no pós-pandemia. "O querosene de aviação não se recuperou. É uma dúvida que temos, se vai voltar como era antes."

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