Das 661 negociações entre trabalhadores e empresas realizadas no mês de abril, foram 184 sobre ajustes salariais e 153 sobre pisos. A média das negociações de reajuste ficou em 9,9%, o mesmo índice do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Porém, em 51% das negociações (94 acordos), o índice ficou abaixo da inflação, de acordo com o levantamento da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Em abril de 2015, o índice de negociações com resultado abaixo da inflação foi de 32%.
O setor de bancos e o de vestuário registraram as maiores médias de reajuste acima da inflação, ambos com 0,7% acima do INPC. Os três piores setores, em relação ao índice do reajuste, foram: indústria do vidro (-1,3%), agronegócio de cana (-1,3%) e extração e refino de petróleo (-3,9%).
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Dos 184 acordos coletivos que trataram de ajustes salariais, 21 estabeleceram redução de jornada acompanhada de redução de salários, e destes, 3 utilizaram o PPE (Programa de Proteção ao Emprego).
Entre janeiro de 2015 e abril deste ano, foram fechados 412 acordos com redução de salário, sendo que 110 deles pelo PPE. Na indústria metalúrgica foram 188 acordos e outros 22 na construção civil. O comércio atacadista e varejista teve 14 acordos com redução salarial.
A Fipe também analisou o desempenho da folha salarial dos trabalhadores. Em fevereiro, último dado disponível, a folha salarial foi de R$ 96,2 bilhões, 1,2% menor do que a de janeiro (R$ 97,4 bilhões). Na comparação com fevereiro de 2015, a folha salarial teve redução de 6,9%.