27 de Maio de 2016
Reajuste dos preços de produtos e serviços nas padarias sobe quase o dobro da inflação
Veja outras receitas simples para fazer em casa e economizar
O presidente do Sindipan-SP (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo), Antero José Pereira, explica que o preço do café da manhã nas padarias muda de acordo com a localização, quantidade de funcionários e qualidade e variedade dos produtos. No entanto, a tradicional dupla do pãozinho com manteiga acompanhado da média (mistura de café com leite) custa menos de R$ 5.
-Varia muito, de acordo com o tipo da padaria. No caso da minha, uma média custa, com café expresso, R$ 2,80 e um pão com manteiga custa R$ 1,20. Em média, esse "café da manhã" custa R$ 4.
Em um cálculo rápido, tomar café da manhã todos os dias na padaria, durante um mês (30 dias), custa cerca de R$ 120 para o consumidor. Se você nunca tinha prestado atenção no pedaço do salário que fica no cafezinho e no pãozinho, o negócio é comprar os produtos, acordar meia hora mais cedo todo dia e fazer o desjejum em casa.
O R7 fez um levantamento em alguns supermercados e padarias de São Paulo, que vendem pela internet, e na pesquisa semanal de cesta básica do Procon-SP.
O preço médio do quilo do pão francês é de cerca de R$ 7,50, ou seja, o pãozinho de 50 g sai por menos de R$ 0,40. Já o pote de margarina de 250 g sai, em média, por R$ 1,12, enquanto o pacote de 500 g de café em pó custa R$ 4,51. Para completar o café da manhã, o leite longa vida de caixinha é vendido por cerca de R$ 2,35.
Considerando esses preços e comprando dois pães por dia durante uma semana, o consumidor desembolsaria R$ 13,70 em sete dias. No mês, gastaria cerca de R$ 60, ou seja, metade do custo que teria se comesse diariamente na padaria. Nesse cálculo, no entanto, não está computado o gasto com energia elétrica, gás e água (para lavar a louça).
Por que ficou tão caro?
Não existe um motivo pontual para que a elevação dos preços do café da manhã fora de casa tenha sido tão superior à inflação oficial. Desde o final do ano passado, houve aumentos de energia elétrica, de aluguel, que subiu quase 12%, e da mão de obra, que aumentou cerca de 8,7%, mas “a padaria não repassa os aumentos de uma vez só”, explica Pereira.
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