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publicado em 08/08/2011 às 15h29:

Com turbulência econômica, brasileiro
deve optar por renda fixa e poupança

Quem tem dinheiro na Bolsa deve manter aplicação intacta. Aplicar agora, só em renda fixa

Marcel Gugoni e Raphael Hakime, do R7

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As Bolsas de Valores do mundo caíram após a decisão de uma agência de classificação de risco rebaixar a análise sobre a economia americana. Em poucas palavras, a agência Standard & Poor's disse que os Estados Unidos não são mais tão confiáveis assim. Pode até parecer um bom momento de entrar na Bovespa para aproveitar as “pechinchas” (ações com preços baixos), mas o investidor que tem todo o carinho pela própria grana não deve se enganar: a hora é de evitar a Bolsa.

Se sobrou um dinheirinho no seu bolso neste mês e você não sabe onde aplicar, nesse momento de turbulência das economias mundiais o ideal é colocar a grana na caderneta de poupança ou escolher um fundo de renda fixa, de acordo com economistas ouvidos pelo R7.

A principal dica dos especialistas para quem não tem experiência é esquecer aplicações de risco, como a Bolsa ou os investimentos que usam o dólar como parâmetro.

Investir em renda fixa ou na caderneta de poupança significa, ao menos, nunca perder dinheiro, explica o vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos em Finanças), Miguel de Oliveira.

- Se não quiser correr risco e tem um dinheiro novo, a grande maioria dos mortais aplica em renda fixa ou até em uma caderneta de poupança porque não perde dinheiro. Isso porque, se você aplica R$ 1.000 hoje, depois você terá R$ 1.050, R$ 1.070... enfim, nunca terá menos [do que aplicou]. Diferentemente da Bolsa, que você aplica R$ 1.000 agora, e daqui a uma semana está valendo R$ 500.

O economista André Massaro, da MoneyFit, consultoria especializada em educação financeira, explica que “ainda é cedo para tentar concluir alguma coisa” sobre o comportamento das bolsas mundiais e do mercado aqui no Brasil, mas sugere que o brasileiro trace uma estratégia para seus investimentos. Assim como Oliveira, ele diz que o brasileiro inexperiente deve fugir da renda variável.

- Os títulos públicos [do governo, como o Tesouro Direto,] estão com juros bem altos, o que é muito vantajoso. Então nem é hora de ir pra Bolsa.

O vice-presidente da Anefac explica que existem dois tipos de renda fixa: títulos do governo, também chamados de fundos DI, e o CDB dos bancos, ambos atrelados a uma taxa de juros.

- As letras do Tesouro Direto são títulos do governo e uma boa alternativa, já que está atrelado aos juros. São títulos pré-fixados, que você já sabe [na hora da aplicação] o quanto vai ganhar, ou os pós-fixados, que acompanha a Selic. Se ela sobe, seu rendimento sobe, se ele desce, você perde dinheiro.

As letras do Tesouro são “notas” vendidas pelo governo para os investidores. É como se você emprestasse dinheiro para o governo financiar os próprios gastos, seja com o pagamento dos funcionários, seja com a equalização de dívidas que tem com fornecedores e empresas brasileiras ou com outros governos.

O investimento é seguro porque promete um rendimento bom para quem empresta e não há quase nenhuma chance de você não retirar o dinheiro no prazo estipulado. Em uma conta simples, se você aplicou R$ 1.000 agora para resgatar daqui a dois anos e o governo vai dar 10% de juros ao ano sobre esse dinheiro, no final do período você poderá pegar R$ 1.210. E só há calote se o governo quebrar – o que é uma chance quase nula atualmente.

Os CDBs funcionam do mesmo jeito, mas em vez de emprestar ao governo, o investidor empresta ao banco. E só há calote se a instituição quebrar.

Maior rendimento

Em julho, o R7 noticiou que os fundos de investimento em renda fixa tiveram os melhores retornos dos últimos 17 anos – desde a criação do Plano Real, em 1994. A alta foi de 2.481,81%. O estudo do Instituto Assaf mostrou que a Bolsa ficou na segunda colocação, com valorização de 1.674%.

O economista da MoneyFit adverte que o Brasil vive uma “situação incomum, de muito consumo e pleno emprego”. Por isso, a palavra para o brasileiro agora é prudência em qualquer tipo de investimento.

- No entanto, o brasileiro está se endividando muito. [Por isso,] precisa urgentemente controlar as contas e fazer uma reserva, uma poupança.

Se você não está preocupado com qual investimento fazer, mas como lidar com o dinheiro empenhado na Bolsa de Valores, o momento exige esquecer a turbulência mundial.

Para Massaro, “é hora de não fazer nada”, porque, em momentos de estresse como esse, “quem não é profissional tem que ficar de fora e quem está dentro tem que seguir a estratégia definida”.

Isso significa que se você comprou ações para, por exemplo, viver só com os dividendos, não é nem hora de pensar em vender. Se o foco foi aposentadoria, mantenha as ações e pense só na velhice tranqüila, e não na crise de agora, porque no longo prazo os mercados se recuperam – e os rendimentos voltam.

Oliveira, da Anefac, adota o mesmo discurso e sugere que o investidor da Bolsa, ainda que tenha pequena quantia aplicada, mantenha o dinheiro intacto.

- Para o cara que está dentro da Bolsa, o importante é não sacar o dinheiro porque a Bolsa já apresenta uma queda de mais de 20%. Então, se ele sair [agora], ele está assumindo toda essa perda e não tem como recuperar. Neste momento, se ele não estiver precisando do dinheiro, sangue frio: permaneça como está, não saque o dinheiro. Passada essa turbulência, a tendência é que essas ações recuperem seus valores.

 
 

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