A competividade é o caminho a ser buscado para o crescimento do País, mas o trabalhador não deve ficar em segundo plano, diz Brizola Neto
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A competividade é o caminho a ser buscado para o crescimento do País, mas o trabalhador não deve ficar em segundo plano, ponderou nesta segunda-feira (30) o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, em São Paulo, durante encontro promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais).
– A competitividade é o caminho para crescer, mas sem a retirada das garantias e direitos do trabalhador.
O encontro, promovido pelo apresentador João Doria Jr, abordou as leis trabalhistas, a geração de empregos e os impostos que incidem sobre as empresas e, por consequência, sobre a folha de pagamento dos trabalhadores. Questionado sobre a legislação do trabalho como obstáculo para a criação de vagas, o ministro ressaltou que a valorização do trabalhador cria condições para o desenvolvimento de um mercado consumidor.
– É claro que as leis do trabalho no Brasil devem ser desburocratizadas, simplificadas e modernizadas, mas não se pode negar o aumento da renda do trabalhador e a formalização do mercado de trabalho (carteira assinada). Isso tem garantido a formação de um potente mercado consumidor que ajuda o País a amenizar os efeitos da crise internacional.
Medidas de incentivo
No começo de abril, o governo federal anunciou várias medidas para estimular o crescimento e ampliar a competitividade da indústria, e a redução da cobrança de impostos sobre a folha de pagamento de 15 setores foi uma das ações.
Como forma de evitar cortes e incentivar novas contratações do setor, foi anunciada a redução de 20% para zero a contrapartida que os patrões pagam de INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Para compensar a perda, os empresários pagarão uma alíquota que varia entre 1% e 2,5% sobre o faturamento. Essa nova alíquota não incide nas exportações (vendas de produtos brasileiros para o exterior).
A desoneração da folha de pagamento, que custará ao governo R$ 4,9 bilhões em 2012, é um pedido antigo dos sindicalistas e do empresariado para reduzir a crise da indústria, aumentar a competitividade das empresas brasileiras e evitar demissões.
Criação de empregos
No primeiro semestre deste ano, o País registrou a abertura de 1,04 milhão de postos, o que representa um recuo de 26% na criação de empregos formais no Brasil em relação ao mesmo período de 2011.
O mês de junho teve o pior resultado desde 2009: foram criados 120.440 postos de trabalho com carteira assinada no sexto mês deste ano. O mesmo mês de 2009 — o pior desempenho — teve saldo de 119.495 empregos formais criados. Já em 2011, o mesmo mês tinha registrado a geração de 215.393 postos de trabalho com carteira.
No ano passado, considerando as informações declaradas fora do prazo pelos patrões e empresas, foram gerados 1.944.560 postos de trabalho formais. O resultado foi inferior ao de 2010, quando foram abertas 2,52 milhões de oportunidades.
Assim como em maio, o maior gerador de empregos foi a agropecuária, que teve saldo de 60.141 novas oportunidades em junho. O setor de serviços aparece em segundo lugar, com a criação de 30.141 vagas.
O comércio e a indústria de transformação tiveram menor participação e contribuíram com 11.026 e 9.968 novas chances, respectivamente.
Nenhum setor apresentou saldo negativo, ou seja, eliminação de postos; porém, a atividade extrativa mineral e a administração pública geraram pouco mais de mil vagas cada.
Boa parte do milhão de oportunidades criadas no primeiro semestre surgiu das atividades de serviços, com destaque para as áreas médica e odontológica. O setor somou 469.699 novas oportunidades.
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