Novo ministro da Fazenda fixa meta do superávit primário em 1,2% para 2015

Brasília, 27 nov (EFE).- O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nomeado nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff, fixou como meta para 2015 um superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). No primeiro pronunciamento público como integrante do atual governo, Levy indicou que pretende elevar a meta para pelo menos 2% do PIB nos próximos dois anos. "Alcançar essas metas é fundamental para gerar confiança, criar uma retomada do crescimento e consolidar os avanços sociais dos últimos 20 anos", afirmou Levy. O superávit primário é o principal indicador utilizado no país para medir a "saúde" das contas públicas, já que mostra a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. Neste ano o governo vai descumprir a meta de 1,9% de superávit, e está tentando modificar no Congresso a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para não incorrer em crime de responsabilidade fiscal. Entre janeiro e setembro, o país acumulou um déficit fiscal primário de R$ 15,3 bilhões. Segundo previsões oficiais, terminará o ano praticamente sem conseguir economizar o montante. Levy afirmou que o governo "dará exemplo aumentando a poupança" e adiantou que, entre propostas que estão sendo trabalhadas, será estudada uma diminuição dos gastos públicos. No entanto, ressaltou que o Executivo não tem pressa para adotar as medidas, garantindo que elas serão gradativas, sem pacotes ou grandes surpresas. O novo ministro trabalhará com seu antecessor, Guido Mantega, que continuará como titular da Fazenda até que se conclua a transição para o segundo mandato de Dilma, que será empossada no próximo dia 1º de janeiro. Além de Levy, a presidente nomeou hoje o novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e confirmou a manutenção de Alexandre Trombino como presidente do Banco Central. EFE mp/lvl (foto)