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Número de investidoras na Bolsa aumenta, mas representa 23%

A participação das mulheres no mercado de investimentos praticamente triplicou de 2015 a 2019, passando de 132.427 para 366.313

Economia|Giuliana Saringer, do R7

O número de mulheres na Bolsa praticamente triplicou de 2015 a 2019
O número de mulheres na Bolsa praticamente triplicou de 2015 a 2019 O número de mulheres na Bolsa praticamente triplicou de 2015 a 2019

A empresária Karina Idokawa começou a investir na Bolsa de Valores em 2018 e, para conseguir ter bons resultados, precisou estudar bastante para entender este nicho do mercado financeiro. Karina faz parte das 366.313 mulheres na Bolsa, frente a 1.224.339 homens.

Os dados da B3 compilam os indicadores até dia 29 de novembro deste ano. Embora a quantidade de mulheres tenha aumentado nos últimos anos, ainda representam um percentual bem menor dos investidores — 23,03%, considerando apenas pessoas físicas.

Karina afirma que, no começo, não sabia o que estava fazendo. “Por isso que todo mundo que está começando na Bolsa, tem que procurar um curso, pesquisar bastante”, aconselha.

Atualmente, Karina opera na parte da manhã e estuda a tarde. O estudo inclui entender melhor sobre os ativos disponíveis e ficar inteirada das principais notícias do dia.

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O número de mulheres praticamente triplicou de 2015 a 2019, passando de 132.427 para 366.313. A quantidade de homens no mercado também aumentou consideravelmente, de 424.682 para 1.224.339.

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De 2002 para 2019, o número total de investidores (pessoa física) aumentou 18 vezes, passando de 85.249 para 1.590.652.

Os estados de São Paulo (634.656), Rio de Janeiro (193.082) e Minas Gerais (143.158) são os que possuem maior quantidade de investidores, sendo que São Paulo é responsável por 49,86% do valor operado na Bolsa, somando R$ 154,21 bilhões. 

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O valor total operado na Bolsa é de R$ 309,29 bilhões. A maior parte dos investidores tem mais de 56 anos, 61,13% do total. Em seguida aparece a faixa etária de 46 a 55 anos (17,73%), de 36 a 45 anos (13,92%), de 26 a 35 anos (5,86%), de 16 a 25 anos (0,77%) e, por fim, até 15 anos (0,59%). 

A professora de finanças pessoais da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), Virginia Prestes afirma que a inclusão da mulher no mercado de trabalho e a busca por equivalência de salários e vagas fazem com que mais delas se interessem pela Bolsa. No entanto, normalmente, as mulheres têm um perfil mais conservador e, por isso, tendem a ir para o mercado quando têm mais certeza do que estão fazendo.

“A mulher, quando vai investir, busca muita informação. É mais cuidadosa do que o homem”, afirma.

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O estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, afirma que a disponibilidade de informações a respeito de renda variável aumentou e muitas corretoras têm colocado mulheres como “vitrine” para incentivar a entrada delas na Bolsa de Valores.

Para Laatus, “por padrão, desde a época do pregão, sempre foi um ambiente masculino. Você via gritaria, que mulher não teria perfil. Depois do mercado eletrônico, ficou mais acessível”. Segundo o especialista, a expectativa é que a Bolsa chegue a 3 milhões de investidores em 2020.

O aumento dos investidores da Bolsa foi impulsionado, principalmente, pela queda da taxa básica de juros da economia (Selic). O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu reduzir a taxa para 5% ao ano, a menor marca histórica. Com isso, investimentos de renda fixa, como a poupança e o Tesouro Direto Selic rendem menos. 

“Se você tem uma rentabilidade grande [na renda fixa], não tem porque tomar risco na Bolsa”, explica Prestes.

Como investir na Bolsa

Para Prestes, o primeiro ponto é estudar muito antes de começar a operar. Os estudos devem incluir conteúdos na internet, notícias, relatórios de analistas e até cursos na área.

Outro ponto importante é entender o perfil de investidor. “Sempre observar o nível de tolerância a risco, diversificando o patrimônio e colocando na variável apenas o que respeita o nível de perda dela. Mesmo o investidor que é arrojado não deve superar algo acima de 5% em renda variável, principalmente os iniciantes”, afirma.

É possível descobrir o perfil de investidor por meio de testes de corretoras.

Também é interessante que a pessoa reflita o quanto está disposta a possibilidade de perda de recursos. Se perceber que não tolera riscos, ou seja, que é ultraconservador, é melhor não partir para este tipo de investimento.

Laatus afirma que é importante encarar a Bolsa como uma profissão para ter melhores resultados. Para ele, “é importante enfatizar a bolsa não é perigosa. Perigoso é você entrar em uma coisa que você não sabe como funciona”.

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