O Índice de Expectativas, que havia avançado 0,6% em dezembro, apresentou queda de 6,6%
Getty ImagesA confiança no setor de serviços caiu 2,0% entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, ao passar de 101,1 para 99,1 pontos, na série com ajuste sazonal. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
No primeiro resultado do ano de 2015, o índice registra o menor nível da série histórica, iniciada em junho de 2008. De acordo com o consultor da FGV/IBRE Silvio Sales, a persistência dos sinais de que a economia mantém ritmo de atividade muito lento, aliada ao contexto de inflação elevada e política monetária mais restritiva, vêm se refletindo negativamente na percepção das empresas.
— Afetando sobretudo sua avaliação sobre o futuro próximo.
O movimento negativo do índice de confiança em janeiro alcançou oito de 12 atividades e foi determinado pelas expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Expectativas, que havia avançado 0,6% em dezembro, apresentou queda de 6,6%. O Índice de Situação Atual, por sua vez, avançou 5,5%, após aumento de 2,5% no mês anterior.
A piora das expectativas futuras entre dezembro e janeiro foi determinada pela redução de 6,8% do indicador de Tendência dos Negócios e de 6,4% do indicador de Demanda Prevista. A proporção de empresas esperando melhora da situação dos negócios passou de 34,1% para 30,8% do total e a parcela das que esperam piora aumentou de 8,9% para 14,1%.
O resultado positivo da avaliação de curto prazo entre dezembro e janeiro foi determinado pelo aumento de 2,0% do indicador de Situação Atual dos Negócios e de 9,7% do indicador de Volume de Demanda Atual.
Ainda assim aos 82,5 pontos, o indicador permanece em nível abaixo do observado no início de 2009. A proporção de empresas que avaliam o volume de demanda atual como forte de aumentou de 5,9% para 11,4% entre dezembro e janeiro. A das que o avaliam como fraco caiu de 33,9% para 32,4%.