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Pequenos empresários estão menos otimistas com o fim do ano

Índice de Confiança do Insper revela menor otimismo para último trimestre

Economia|Karla Dunder, do R7

Empresários estão otimistas, mas seguem com cautela
Empresários estão otimistas, mas seguem com cautela Empresários estão otimistas, mas seguem com cautela

O Índice de Confiança do Pequeno e Médio Empresário (IC-PMN) registra 64,3 pontos para o 4º trimestre de 2017, primeira queda após dois períodos de alta.

Elaborada pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper, a pesquisa revela variação negativa de 1,46% diante do trimestre anterior.

“A pesquisa é qualitativa e realizada com 1.300 empresas. Se observarmos o índice, mais importante que o nível são as variações. Tivemos uma queda depois de duas elevações no índice. O que significa? Que as pequenas e microempresas não estão tão seguras para o fim do ano. Uma leitura é que a trajetória de recuperação da economia não será linear, mas marcada por altos e baixos”, explica o professor Gino Olivares, pesquisador do Insper responsável pelo IC-PMN.

O desempenho do IC-PMN para o período foi reflexo do recuo na confiança dos empresários nas regiões Centro-Oeste (64,2 pontos, queda de -5,2%), Sul (63,1 pontos, redução de 4%), Nordeste (63,2 pontos, ou -2,7%). No Norte do país, o indicador manteve-se praticamente estável, com 69 pontos e uma variação de -0,1%. Em contrapartida, os empresários do Sudeste demonstraram mais otimismo, com alta de 0,6% em relação ao trimestre anterior, atingindo 64,5 pontos.

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O IC-PMN também obteve variação negativa nas avaliações de áreas específicas. Quando questionados sobre empregos, os empresários demonstraram menor otimismo para o fim do ano: 56,9 pontos, queda de 2,2%. Na avaliação sobre ramo, a queda foi de 1,9% (67,2 pontos), seguido de faturamento, decréscimo de 1,8% (69,5 pontos), lucro, -1,3% (69,0 pontos), economia, -0,8% (61,8 pontos) e investimento (- 0,8% e 61,2 pontos), na comparação com os três meses anteriores.

Outro aspecto observado pelo professor Olivares é referente às taxas de juros. A queda da Selic não teve um impacto relevante nos negócios. “Os bancos não diminuíram os juros, parece que não estão muito dispostos a emprestar. Sem crédito, as pessoas não compram e isso reflete na economia”.

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“Em linhas gerais, observamos que o cenário é positivo, embora haja cautela. O momento atual é um pouco melhor que o do ano passado, a inflação caiu, o que gerou um certo ganho de renda, o desemprego está um pouco menor. Vale considerar que o bom desempenho da economia internacional reflete aqui”, avalia Olivares.

“Do ponto de vista político, estamos mais distantes das instabilidades do impeachment, no entanto, mais próximos das eleições de 2018. As incertezas são gigantes e o impacto disso é imprevisível”.

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