A Petrobras vai elevar os preços do óleo diesel em 1,7% e reduzirá os da gasolina em 0,3% nas refinarias a partir de quinta-feira (24), segundo comunicado publicado pela estatal em seu site nesta quarta-feira (23).
As mudanças fazem parte da nova política de preços da Petrobras, anunciada em 30 de junho, que prevê reajustes quase que diários para as cotações dos combustíveis. Com isso, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.
Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a estatal agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.
O consumo de gasolina dobrou no Brasil entre 2000 e 2016, em razão do incentivo à compra de veículos nas gestões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a capacidade do país de produzir o combustível não acompanhou o mercado interno.
Com isso, o Brasil vem aumentando nos últimos anos a importação do combustível. Foram 17,2 milhões de barris de gasolina no primeiro semestre de 2017, recorde histórico para o período, superando os 15,1 milhões de barris importados nos seis primeiros meses de 2013, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). As importações deste ano já equivalem a quase todo o volume importado no ano passado, quando se comprou 18,4 milhões de barris no mercado externo.
O mercado da gasolina no Brasil foi tema da 11ª edição do Economia Sem Paletó, o live de economia do R7 que é transmitido a cada duas semanas na página do portal no Facebook. O programa mostrou por que a gasolina é cara no Brasil, ainda que o país seja um dos maiores produtores e refinadores mundiais de petróleo. Existem dois problemas principais: a elevada carga de impostos e a incapacidade do país em refinar seu próprio produto. Assista ao programa completo: