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PIB dos EUA cresce 3,5% no 3º tri por comércio e gastos com defesa

Economia|

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - Um déficit comercial menor e um salto nos gastos com defesa sustentaram o crescimento econômico dos Estados Unidos no terceiro trimestre, mas outros detalhes do relatório divulgado nesta quinta-feira indicaram certa perda de ímpeto na atividade.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 3,5 por cento, informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira, superando a expectativa de economistas de 3 por cento.

Embora o ritmo de crescimento nos investimentos empresariais, moradias e gastos de consumidores tenham desacelerado ante o segundo trimestre, todas essas categorias contribuíram com o crescimento.

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"O relatório foi em geral construtivo, com os ganhos em base ampla e indicando um ímpeto fundamental positivo na economia norte-americana", disse o vice-economista-chefe da TD Securities, Millan Mulraine.

"No entanto, com alguns indícios de fraqueza surgindo em moradias e gastos de consumidores, esperamos que o ritmo de crescimento caia mais no quarto trimestre".

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Apesar de ter desacelerado ante o forte ritmo de 4,6 por cento do segundo trimestre, foi o quarto trimestre em cinco em que a economia expandiu a um ritmo de 3,5 por cento ou mais.

Um relatório separado do Departamento do Trabalho mostrou que os pedidos iniciais por auxílio-desemprego subiram de modo modesto na semana passada, mas permaneceram em níveis consistentes com condições do mercado de trabalho firmes.

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Os dados foram publicados um dia depois de o Federal Reserve, banco central dos EUA, ter encerrado seu programa de compra de títulos. Autoridades do Fed disseram que há força suficiente na economia mais ampla.

O déficit comercial menor refletiu uma queda nas importações, que caíram no ritmo mais rápido desde o quarto trimestre de 2012. Isso foi atribuído principalmente à queda nas importações de petróleo.

O comércio contribuiu com 1,32 ponto percentual ao crescimento. Embora existam receios de que o dólar mais forte e a desaceleração das economias chinesa e da zona do euro vão afetar o crescimento das exportações dos EUA, economistas acreditam que o impacto será marginal.

Os gastos do governo também foram um impulso, com gastos com defesa crescendo 16 por cento, ritmo mais rápido desde o segundo trimestre de 2009.

Uma das poucas áreas que pesou sobre o crescimento foi a de estoques, que subtraiu 0,57 ponto percentual do PIB após ter contribuído com 1,42 ponto percentual no segundo trimestre.

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INVESTIMENTO EMPRESARIAL DESACELERA

O crescimento em investimentos empresariais desacelerou no terceiro trimestre, com gastos com equipamentos crescendo apenas a uma taxa de 7,2 por cento. Economistas esperavam um segundo trimestre consecutivo de crescimento de dois dígitos.

Os gastos empresariais em estruturas e produtos de propriedade intelectual também desacelerou.

Embora o crescimento dos gastos de consumidores tenha desacelerado para um ritmo de 1,8 por cento ante 2,5 por cento no segundo trimestre, eles ainda contribuíram com 1,22 ponto percentual ao crescimento do PIB.

Os gastos de consumidores são responsáveis por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA.

O ritmo moderado de gastos de consumidores ajudou a manter as pressões inflacionárias contidas durante o trimestre.

Um índice de preços no relatório do PIB subiu a uma taxa de 1,2 por cento no terceiro trimestre após avançar 2,3 por cento no período anterior. Uma medida de núcleo de preços que descarta custos de alimentos e energia aumentou a um ritmo de apenas 1,4 por cento, em forte desaceleração ante a taxa de 2,0 por cento no segundo trimestre.

A queda nos preços da gasolina e a aceleração do crescimento do emprego, que deve elevar os salários, devem beneficiar os gastos de consumidores no quarto trimestre.

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