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Portabilidade de crédito imobiliário cresce 200% em 2019

No ano passado, taxas de juros mais em conta estimularam clientes bancários a trocar modalidade de financiamento imobiliário de bancos 

Economia|Da Agência Brasil

No ano passado, foram efetivados mais de 4.600 pedidos de portabilidade
No ano passado, foram efetivados mais de 4.600 pedidos de portabilidade No ano passado, foram efetivados mais de 4.600 pedidos de portabilidade

As taxas de juros mais baixas estimularam os clientes bancários a trocar o financiamento imobiliário de banco. Em 2019, foram efetivados 4.610 pedidos de portabilidade de contratos de crédito imobiliário, informou nesta terça-feira (2) o BC (Banco Central).

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Segundo o BC, embora ainda representem uma pequena fração do número total de créditos portados, as efetivações nessa modalidade cresceram mais de 200% em 2019, na comparação com o ano anterior. No final de 2019, a média da taxa de juros do crédito imobiliário era de 7,99% ao ano.

Ao se incluir além da portabilidade as renegociações chega-se a 6 mil operações (R$2,15 bilhões) em 2019. “Na portabilidade, o tomador migra o contrato de crédito imobiliário para outra instituição financeira que tenha oferecido condições mais vantajosas ou, alternativamente, consegue condições mais vantajosas renegociando o contrato original com a instituição com a qual tem o crédito imobiliário”, explica o BC.

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O BC cita também os casos em que a renegociação não está relacionada à portabilidade. “Além das renegociações dentro do processo de portabilidade, existem renegociações de mercado, ou seja, o tomador e o banco acordam uma redução de taxas, sem o envolvimento de outro banco no processo”, diz o BC. Nessa modalidade, no mesmo período, ocorreram renegociações em aproximadamente 30 mil contratos (R$ 9,94 bilhões).

A mediana das novas taxas das operações portadas foi de 7,71% ao ano, o que significa uma redução de 2,99 pontos percentuais em relação à mediana das taxas originais dos contratos .

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A maior parte dos contratos portados (79,1%) foi de créditos originados entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro de 2017, período que apresenta as maiores taxas de mercado.

Simulação

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Segundo o BC, as reduções nas taxas com a portabilidade são significativas. Por exemplo, se um contrato de R$300 mil de crédito imobiliário com uma taxa de juros de 10% ao ano e duração de 30 anos fosse portado ou renegociado, alterando a taxa de juros para 9% ao ano (diminuição de 1 ponto percentual), teria um desconto superior a R$ 40 mil no total a ser desembolsado (desconto aproximado de R$ 200,00, ou 7,9%, na prestação mensal).

“Não obstante a queda significativa das taxas, resultante do processo de redução da Selic, e do grande crescimento nas operações de portabilidade em 2019, uma estimativa simples sugere que os benefícios da portabilidade ainda atingem uma pequena fração do seu potencial”, diz o BC.

Considerando apenas as operações contratadas antes de 2019, adimplentes e com taxas de juros acima de 10% ao ano, existem no sistema financeiro 570 mil operações (R$102,8 bilhões) que poderiam se favorecer direta ou indiretamente da portabilidade. Os 36 mil contratos que se beneficiaram com redução de taxa de juros em 2019 representam apenas 6,4% desse potencial, destaca o BC. “Se as taxas de mercado se mantiverem em patamares historicamente baixos, há ainda elevado potencial para ganhos com a portabilidade do crédito imobiliário”, conclui.

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