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Prêmio para pelotas de minério de ferro cai mesmo com menor oferta após parada da Samarco

Economia|

MANILA/LONDRES (Reuters) - Os prêmios para pelotas de minério de ferro --matéria-prima de maior qualidade para a produção de aço-- aprofundaram a queda neste mês, apesar da perda de um quinto da oferta global com o rompimento da barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG), evidenciando a excessiva oferta no setor.

Mesmo o fechamento permanente da mina da Samarco não seria capaz levantar os prêmios oferecidos pelas pelotas, afirmaram analistas e comerciantes, com outras mineradoras capazes de aumentar a oferta e as siderúrgicas chinesas ansiosas para cortar custos usando minério mais barato.

"É provavelmente o momento menos sensível para a questões de suprimento", disse o chefe global de pesquisa de commodities do ANZ, Mark Pervan.

Os preços do minério de ferro caíram quase 40 por cento neste ano, atingindo mínima de dez anos de 43,40 dólares por tonelada esta semana, com um excesso de oferta e uma queda da demanda chinesa por aço.

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Os prêmios que as siderúrgicas pagam por pelotas também estão diminuindo, e continuaram a recuar desde que a barragem de rejeitos da Samarco entrou em colapso em 5 de novembro, despejando 40 milhões de metros cúbicos de lama em diversas cidades, deixando 12 mortos e 11 ainda desaparecidos.

A Samarco, joint venture das gigantes BHP Billiton e Vale, produzia entre 25 milhões e 30 milhões de toneladas por ano de minério de ferro, principalmente pelotas, e vendia para a China, Europa, Oriente Médio e Japão.

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Procuradas, a BHP Billiton e a Vale não quiseram comentar. Várias tentativas de contato com a Samarco foram infrutíferas.

O prêmio para as pelotas de minério de ferro para entrega na China caíram para 12,25 dólares por tonelada seca em 18 de novembro, após tocar 19,30 dólares por tonelada no início de outubro, segundo a agência de precificação Platts.

(Por Manolo Serapio Jr e Maytaal Anjo; reportagem adicional de Yuka Obayashi em Tóquio, Krishna Das, em Nova Delhi, Meeyoung Cho em Seul e Stephen Eisenhammer no Rio de Janeiro)

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