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Previsão do governo para crescimento da economia em 2017 cai para 1%

Esta é a terceira estimativa de crescimento divulgada pelo governo Temer para o ano que vem

Economia|

Henrique Meirelles já havia mencionado a possibilidade de uma alta de só 1% no PIB
Henrique Meirelles já havia mencionado a possibilidade de uma alta de só 1% no PIB Henrique Meirelles já havia mencionado a possibilidade de uma alta de só 1% no PIB

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, afirmou nesta segunda-feira (21) que o crédito ainda caro, sobretudo para as empresas, e a confiança ainda em recuperação estão afetando o crescimento econômico do Brasil, cuja projeção oficial de expansão em 2017 recuou a 1%, ante 1,6%.

Para 2016, a projeção do ministério também piorou, com retração de 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços produzidos no País —, sobre previsão anterior de contração de 3%.

Kanczuk, que acabou de assumir o cargo, disse que a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos deve reduzir o crescimento do comércio internacional e elevar a inflação na maior economia do mundo e, assim, os juros naquele país. Mas para a economia brasileira os efeitos desse movimento ainda são "ambíguos".

Apesar do cenário econômico mais adverso, o secretário afirmou que o governo tem condições de cumprir a meta de déficit primário de R$ 139 bilhões em 2017. Ele ressaltou que as receitas dependem não apenas do comportamento do PIB, mas também do câmbio, inflação e massa salarial.

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— A conclusão de que um menor crescimento do PIB vai implicar menos receita é prematura. A gente tem que usar todos os itens necessários para conseguir projetar receita da melhor forma possível.

Temer diz que Brasil vai quebrar se não mudar Previdência

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Ele destacou ainda que o governo vai fazer essa conta no fim do primeiro trimestre do ano que vem, em conformidade com a legislação.

— Até lá tem muita água sobre a ponte.

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Segundo o secretário, a expectativa agora é de que o PIB do último trimestre de 2016 mostre crescimento zero, passando ao campo positivo no primeiro trimestre de 2017.

Sobre a estimativa mais baixa para o PIB no próximo ano, ele afirmou que o número contempla riscos balanceados, representando a melhor projeção que a Fazenda pode fazer no momento. Em agosto, o governo havia revisado para cima a perspectiva para a atividade econômica em 2017 a 1,6%, ante 1,2% anteriormente.

Antes de enviar a proposta orçamentária do próximo ano ao Congresso, inclusive, a equipe econômica chegou a pontuar que a melhor estimativa para o PIB ajudava o governo a casar receitas e despesas em consonância com a meta fiscal, sem que houvesse necessidade de elevação de impostos para fechar a conta.

Nesta segunda, Kanczuk afirmou que a menor estimativa para o PIB não eleva a pressão por aumento na carga tributária.

— Orçamento vai depender da projeção de receita, pode ser que projeção de receita seja até maior.

Crédito às empresas

Em apresentação a jornalistas, o secretário de Política Econômica afirmou que a queda da confiança, motivado pela deterioração das contas públicas, foi o principal fator por trás da intensificação da recessão econômica neste ano.

Nesse cenário, apontou que o custo do crédito, especialmente o direcionado às empresas, está subindo. Isso porque em meio à desaceleração econômica, as companhias estão lucrando menos e se tornando mais endividadas em relação a seu desempenho operacional. De olho nessa situação, o setor financeiro passa a ver maior risco nessas empresas e aumenta o custo dos empréstimos concedidos.

— Aumento do spread de crédito é absolutamente natural (em processos recessivos), mas sua dimensão só está ficando clara agora e é isso que está por trás da nossa revisão de PIB.

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