Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Professores colombianos iniciam greve nacional por falta de pacto com governo

Economia|

Bogotá, 22 abr (EFE).- A Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação (Fecode) iniciou nesta quarta-feira uma greve nacional e indefinida ao não chegar a um acordo com o governo diante da folha de pedidos do setor, informou o organismo sindical. O presidente da Fecode, Luis Grubert, confirmou o início da greve com mobilizações em diferentes partes do país em reivindicação de melhorias salariais e da eliminação de alguns exames de qualidade de educação aos professores, por considerar que as provas eliminam as possibilidades de ascensão dos professores. "Dissemos ao presidente da República que em suas mãos está a solução para este conflito, já que ele como chefe do governo dá as orientações aos ministros de Educação, Trabalho e Fazenda, e ao Planejamento Nacional, que seriam os responsáveis por buscar saídas para as reivindicações que fizemos", manifestou a Fecode em comunicado. Na mesa de negociação não foi possível avançar na solução dos pedidos contidos na folha de pedidos, segundo a Fecode. "O governo nacional, em mais de 50 dias do processo de negociação, não deu respostas aos pedidos, que não integram somente reivindicações dos docentes, mas a defesa da educação pública como direito", acrescentou o sindicato. A federação acrescentou que as poucas propostas do governo nas diferentes áreas carecem de alicerce financeiro e não correspondem às necessidades da educação colombiana. Por sua vez, a ministra da Educação, Gina Parody, qualificou a greve como "injustificada". "Propusemos um aumento salarial de 10%, mas o sindicato rejeitou porque para eles é insuficiente, também rejeitaram uma bonificação para os docentes do grau 14 durante seu último ano de serviço, em reconhecimento ao exercício da profissão", comentou Parody em entrevista coletiva. A chefe da pasta educativa disse, no entanto, que está disposta a negociar com os diretores da Fecode, mas que essas reuniões não ocorrerão enquanto a greve continuar. A ministra lembrou aos docentes a existência de uma sentença da Corte Constitucional da Colômbia que proíbe o Estado de pagar salários aos trabalhadores públicos que não cumpram com suas funções. "A jurisprudência da Corte é clara ao assinalar que não podemos dar salários por dias não trabalhados aos funcionários públicos", disse a ministra, que acrescentou que as Secretarias de Educação regionais "estão autorizadas para fazer os descontos correspondentes às horas não trabalhadas". Parody ressaltou a necessidade de melhorar a qualidade da educação como contribuição aos vários investimentos feitos nos últimos anos. "Todos queremos que os professores ganhem mais, muito mais, mas também queremos chegar à excelência educativa, o que se investe em educação deve ser refletido nela", acrescentou. A Fecode, que rejeitou hoje as declarações da ministra, disse que o magistério mantém sua disposição aberta ao diálogo e a tentar acordos, mas necessita de propostas fundamentadas, certeiras e positivas. EFE mlb/ff/rsd

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.