O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, afirmou nesta quarta-feira (1º) que é bastante provável que haja "um número significativo de demissões este ano", sem arriscar estimativas do número de vagas que podem ser cortadas na indústria em 2015.
— A queda na atividade industrial certamente vai afetar o emprego. Ainda não temos um número, mas a situação atual é de uma indústria que já está desempregando (...) O desemprego está aí e não é uma coisa para o futuro, lamentavelmente.
Segundo Skaf, no ano passado a indústria foi responsável pelo fechamento de 120 mil postos de trabalho.
— Imagino que pode haver pelo menos 50 mil demissões e pode ser mais, mas não vou pregar números porque a maior torcida que a gente faz é para que isso não aconteça.
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A Fiesp continua com a previsão de que no ano a atividade industrial registre uma queda de 5% e que o PIB (Produto Interno Bruto) fique negativo em 1,5%. Para o presidente da entidade, a demora na aprovação do ajuste fiscal pretendido pelo governo e seu formato dificultam uma recuperação rápida da economia.
— A demora do ajuste fiscal é péssima. Quanto mais rápido melhor (...) O problema é que gostaríamos que os ajustes fossem feitos através de cortes de gastos do governo e não aumento de impostos.
Skaf disse ainda que o novo nível do real frente ao dólar, acima de R$ 3, ajuda a indústria, mas o efeito prático demora "um tempo" para ocorrer.
— É uma notícia positiva, mas seu reflexo só será sentido mais para 2016.