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Reajuste deve ser feito para manter saúde financeira da empresa, diz presidente da Petrobras

Ao responder a uma pergunta sobre reclamações do presidente Jair Bolsonaro, José Mauro Coelho defendeu política de preços

Economia|Do R7

O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho
O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho

O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, afirmou nesta sexta-feira (6) que reajustes de preços dos combustíveis devem ser feitos para manter a saúde financeira da companhia. Ao responder a uma pergunta sobre a crítica do presidente Jair Bolsonaro em relação aos aumentos, José Mauro defendeu a política de preços da empresa, durante entrevista coletiva por videoconferência para explicar o lucro recorde no primeiro trimestre. A Petrobras está há 57 dias sem mexer nos preços da gasolina e do diesel.

"Acho legítima a preocupação do presidente Bolsonaro em relação aos preços. Elevação acontece em todo o mundo, mas os administradores da Petrobras devem atuar alinhados à atual política de preços da companhia. Claro que a Petrobras não é insensível à sociedade, no momento em que o conflito entre Rússia e Ucrânia impacta mercados de energia, em especial de diesel. A empresa, preocupada com isso, não repassa a volatividade imediata, mas é claro que reajuste deve ser feito para manter a saúde financeira da companhia", afirmou José Mauro.

A Petrobras recebeu críticas após registrar lucro de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 3.700% em relação ao mesmo período de 2021, e anunciou dividendos de R$ 48 bilhões. O resultado da petroleira foi o melhor para um primeiro trimestre da série histórica da companhia.

Sobre o lucro da empresa, José Mauro disse que os principais vetores que propiciaram o resultado foram o aumento da produção de petróleo e gás natural, o aumento da exportação de petróleo, o preço elevado do barril, que não era registrado desde 2014, a maior eficiência operacional, a redução de custos, foco em ativos como pré-sal, investimentos com responsabilidade e desvalorização do real ante o dólar. "Não há relação significante entre o resultado com reajuste dos preços dos combustíveis, sendo que 80% dos ganhos são provenientes da exploração e apenas 20% dos demais segmentos", disse.

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Ele explicou que, quanto mais forte é o resultado da empresa, mais impostos são recolhidos para a União, o que beneficia a sociedade. "A arrecadação de R$ 70 bilhões em impostos no primeiro trimestre promove mais empregos, permite que estados e municípios façam investimentos", disse.

"No primeiro trimestre de 2014, quando o petróleo também atingiu 108 dólares o barril, a Petrobras não teve esse resultado. Não é o preço elevado, mas sim a gestão eficiente e comprometida com a redução de custos. Entre 2014 e 2022, vemos redução da dívida para menos de US$ 60 bilhões, tivemos aumento de 10% da produção de petróleo, queda de mais da metade dos custos de pretróleo. É dessa Petrobras que estamos falando, que tem gestão comprometida."

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