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Repelente contra o mosquito do zika vírus custa até 79% mais caro nos sites 

Frasco de 100 ml que custa R$ 56 é vendido por 99,90 sem garantia de procedência

Economia|Do R7

Repelente contra o mosquito é vendido com ágio pela internet
Repelente contra o mosquito é vendido com ágio pela internet Repelente contra o mosquito é vendido com ágio pela internet

A proliferação do zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e do chikungunya, é uma preocupação mundial e a epidemia já atinge 20 países. Desde o final do ano, os laboratórios aumentaram a produção de repelentes, porém, com a escassez do produto no mercado, surgiu um comércio paralelo em sites de vendas com ágio de até 79% nos preços.

O repelente Exposis, do laboratório Osler do Brasil, teve a produção ampliada em 2.700%, comparado com o mês de janeiro de 2015. Mesmo assim, o produto não é encontrado com facilidade e algumas redes de farmácia fazem até lista de espera.

De acordo com o fabricante, o preço sugerido para o frasco de 100 ml do repelente é R$ 56 e R$ 95, para o de 200 ml. Em sites como o Mercado Livre e o OLX, anunciantes autônomos cobram até R$ 169,99 na revenda do repelente de 200 ml e R$ 99,90 pelo de 100 ml.

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Segundo Paulo Guerra, diretor-geral do laboratório Osler, em dezembro a produção do repelente foi ampliada em 1.100%, na comparação com o mesmo mês de 2014, e foram canceladas as férias coletivas dos funcionários. Também foram contratados funcionários temporários para reforçar a produção e atender ao aumento de demanda. A importação da icaridina, princípio ativo do repelente, que era feita por navio, passou a ser feita por avião e duas vezes por semana. 

— Muitas pessoas estocaram o produto em casa e isso dificulta um pouco o planejamento logístico, porém, a produção aumentou e redes de farmácias estão otimizando a distribuição para que a reposição do estoque seja rápida. Infelizmente, existe um abuso de preço e riscos na revenda feita por particulares na internet. Fizemos um pedido para que os sites retirem os anúncios do ar.

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Guerra explicou que não é possível certificar a origem dos repelentes oferecidos nos sites, que podem ser adulterados ou falsificados. "Mesmo que tenha sido comprado de forma legal, não é possível garantir que o transporte e a armazenagem tenham sido feitas na forma correta", disse.

O laboratório RB (Reckitt Benckiser), que produz a linha SBP e o Repelex, aumentou em 30% a produção, na comparação com o mesmo período do ano passado, e intensificou a distribuição dos repelentes e inseticidas da marca para os pontos de vendas.

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A SC Jonhson, da linha OFF!, informou que os produtos da marca podem ser encontrados, além das farmácias, nas redes de supermercados. 

De acordo com o Ricardo Lagreca, diretor jurídico do Mercado Livre Brasil, os produtos anunciados pelos vendedores no site devem seguir as determinações indicadas no "Termo e Condições" do site. Além disso, se for o caso, devem seguir as regulamentações da Anvisa, que tem uma parceria com o Mercado Livre.

Em relação ao preço praticado pelos vendedores, o porta-voz do Mercado Livre explicou que o site é plataforma que oferece o espaço para que vendedores e compradores negociem diretamente. O vendedor tem a liberdade de indicar o preço que entender ser mais competitivo para ele, assim como o comprador tem a liberdade escolher a melhor oferta.

A OLX informou, em nota, que não foi notificada oficialmente sobre o caso.

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