Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Rússia, Ucrânia e UE assinam dois acordos para solucionar crise do gás

Economia|

Bruxelas, 30 out (EFE).- Rússia, Ucrânia e União Europeia (UE) assinaram nesta quinta-feira dois acordos para solucionar a crise do gás que ameaçava afetar o abastecimento europeu a partir do fim deste ano, no inverno do hemisfério norte. Os ministros de Energia da Rússia, Aleksandr Novak, da Ucrânia, Yuri Prodan, e o comissário europeu de Energia, Günther Oettinger, assinaram um primeiro documento que reúne as condições de entrega de gás russo a Kiev até março de 2015. Paralelamente os executivos-chefes da gigante gasística russa Gazprom, Alexey Miller, e da ucraniana Naftogaz, Andriy Kobolev, assinaram uma atualização do contrato de abastecimento de gás que a Rússia e Ucrânia selaram em 2009. "Já não há motivo para que os cidadãos na Europa passem frio neste inverno", declarou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, na entrevista coletiva posterior à assinatura dos acordos, na qual confiou que Rússia e Ucrânia serão sócios nos quais se possa confiar. O comissário Oettinger, por sua vez, explicou que ambas partes estiveram de acordo em que a dívida que a Ucrânia tem pendente com a Rússia pelas importações de gás chega a US$ 3,1 bilhões que Kiev pagará em duas parcelas. "A Naftogaz está pronta para pagar US$ 1,45 bilhão a Gazprom como pagamento parcial do fornecimento de novembro e dezembro do ano passado e do começo deste ano", detalhou o político alemão, que considerou que isto abre a porta para recuperação da relação entre ambas partes no setor de gás. Oettinger indicou que o segundo pagamento será de US$ 1,65 bilhão, uma quantia que corresponde às importações de gás russo desde o começo do ano até junho, quando Moscou cortou a provisão a Kiev por falta de pagamento. Uma vez que a Ucrânia realize os pagamentos pela dívida acumulada, a Rússia se compromete a diminuir em US$ 100 (de US$ 485 a US$ 385 por cada mil metros cúbicos) o preço do gás russo até o final de março. Oettinger explicou que esta medida será adotada por meio de um decreto do governo russo, o que dará a Kiev a segurança que reivindicava em relação aos compromissos sobre o preço do gás. O titular europeu de Energia esclareceu ainda que Kiev precisará de 4 bilhões de metros cúbicos de gás, talvez mais, e que para pagá-los terá as receitas da companhia Naftogaz, parte de seu orçamento nacional e, além disso, contará com o apoio da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI). EFE mrn/rsd

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.