Pesquisa realizada pela primeira vez pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), e divulgada nesta terça-feira (21), mostra que 62% dos brasileiros afirmaram em janeiro não fazer qualquer tipo de poupança.
Somente 7% dos entrevistados têm o hábito que é o recomendável, de guardar um valor fixo por mês. Os outros 29% diziam que poupam apenas o que sobra no mês. Sendo assim, apenas quatro em cada dez brasileiros economizam dinheiro.
Entre os poupadores, quem ganha mais consegue poupar mais: 58% dos entrevistados das classes A e B afirmaram ser poupadores habituais. Já nas classes C, D e E esse patamar cai para 30%.
Questionados sobre poupança feita no mês de dezembro, 75% dos entrevistados disseram que não conseguiram reservar nada da renda. Os 23% que admitiram ter guardado algum valor pouparam, em média, R$ 480,85.
O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, explica que o desemprego e a queda da renda minaram a capacidade de poupança de muitas famílias.
— A crise econômica certamente tem seu papel no resultado da baixa poupança. Com o crescimento do desemprego, o orçamento familiar tornou-se mais apertado e, em alguns casos, insuficiente até para honrar compromissos já assumidos.
A baixa poupança em um mês de 13º salário, como é o caso de dezembro, evidencia a necessidade de pagamento de contas. Entre os entrevistados, 46% dos poupadores habituais precisaram resgatar economias em dezembro. Os principais motivos foram o pagamento de dívidas e de contas da casa.
Segundo SPC Brasil, o Indicador de Reserva Financeira surge para mostrar a necessidade dos brasileiros na formação de poupança, uma vez que as regras para a aposentadoria estão prestes a se tornarem mais rígidas.
Porém, apenas 17% dos entrevistados disseram que poupa com foco na aposentadoria.