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Subsídio do diesel vai custar R$ 9,5 bilhões para o contribuinte

Corte de R$ 0,46 por litro de diesel deverá gerar cortes no orçamento deste ano, afirmou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, nesta segunda

Economia|Fernando Mellis, do R7

Governo terá que bancar diferença do preço do diesel
Governo terá que bancar diferença do preço do diesel Governo terá que bancar diferença do preço do diesel

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou na manhã desta segunda-feira (28), que o programa do governo para subsidiar a redução do preço do óleo diesel vai custar R$ 9,5 bilhões até o final deste ano.

Com objetivo de por fim à paralisação de caminhoneiros, o governo decidiu cortar R$ 0,46 do preço do litro do diesel.

O ministro explicou que R$ 0,16 serão por meio da redução de impostos (ao custo de R$ 4 bilhões até o fim do ano) e outros R$ 0,30 por subsidio à Petrobras (preço nas refinarias).

Na questão dos impostos, o governo deverá compensar a isenção "com outras medidas tributárias", que incluem a reoneração da folha de pagamento de alguns setores da economia, disse Guardia. Mesmo assim, ainda precisará de R$ 9,5 bilhões para cobrir os R$ 0,30 por litro.

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O ministro explicou que esse dinheiro será retirado, em parte, da margem que havia no orçamento.

"R$ 5,7 bilhões era a margem que a gente tinha para administrar o resultado primário. Estamos usando plenamente e totalmente essa margem", afirmou.

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No entanto, o governo ainda vai precisar cortar R$ 3,8 bilhões em despesas que ainda serão definidas pela área econômica.

Em relação aos R$ 4 bilhões que o governo vai deixar de arrecadar com a extinção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), R$ 0,05 por litro, e com a redução do PIS/Cofins, de R$ 0,11/litro, ainda não há definição de como serão compensados. 

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Um fato é certo: a reoneração da folha de pagamento poderá gerar em torno de R$ 3 bilhões em 12 meses, o que não cobre as perdas com as isenções. Guardia disse, entretanto, que prefere esperar que o projeto seja votado no Congresso para anunciar quais medidas o governo vai adotar para equilibrar essa conta. Isso poderia incluir, segundo o ministro "majoração de impostos e eliminação de benefícios existentes".

O ministro não quis adiantar sobre como esse programa de subsídio deverá funcionar a partir de janeiro do ano que vem. Segundo ele, tudo dependerá do preço do petróleo no mercado internacional. O valor subsidiado por litro de diesel também poderá cair, caso haja redução do preço do barril, hoje próximo de US$ 80. 

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