Selic no fim de 2021 permanece em 3,00% ao ano, diz Focus
PixabayOs economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira que a mediana das previsões para a Selic no próximo ano seguiu em 3 00% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano, igual a um mês antes. Para 2023, seguiu em 6,00%, mesmo patamar de quatro semanas atrás.
Há duas semanas, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central preparou o terreno para possível elevação dos juros em 2021. O motivo é que as projeções de inflação estão se aproximando das metas perseguidas pelo BC nos próximos anos. A avaliação é de que a instituição poderá acabar com o chamado "forward guidance" (ou prescrição futura, na tradução do inglês).
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Adotado em agosto, o "forward guidance" é uma indicação técnica do BC de que não pretende elevar os juros se a inflação seguir sob controle e o risco fiscal não se alterar. O problema é que, nos últimos meses, a inflação ao consumidor está mais salgada, puxada por aumentos de preços em itens como alimentos e energia. Ao avaliar o cenário, o BC afirmou que "em breve, as condições para a manutenção do forward guidance podem não mais ser satisfeitas". Na prática, se retirar esta mensagem técnica de suas comunicações, o BC ficará mais livre para elevar os juros se achar necessário.
No grupo dos analistas que mais acertam as projeções de médio prazo no Focus (Top 5), a mediana da taxa básica em 2021 foi de 3,13% para 3,00% ao ano, ante 2,50% de um mês antes. A projeção para o fim de 2022 no Top 5 permaneceu em 4,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. No caso de 2023, seguiu em 4,75%, igual a quatro semanas antes.
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2020. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 21, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 4,35% para 4,39%. Há um mês, estava em 3,45%. A projeção para o índice em 2021 foi de 3,34% para 3,37%. Quatro semanas atrás, estava em 3,40%.
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Essas projeções surgem na esteira do anúncio da retomada do sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz em dezembro, com taxa extra de R$ 6,243 a cada 100 kWh. Devido à pandemia do novo coronavírus, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vinha praticando a bandeira verde, sem cobrança de taxa extra.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% e 3 25%, nesta ordem.
A projeção dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5 00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
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Há duas semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de novembro foi de 0 89%. Em 12 meses, a taxa acumulada está em 4,31%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 segue em 4,34%. Para 2021, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,41%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,39% e 3,31%, respectivamente.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,52%, ante 3,50% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,50%, ante 3,38% de quatro semanas antes.
A projeção mediana para o IPCA de 2020 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 4,37% para 4,43%, conforme o Relatório Focus. Houve 49 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,53%. Essa projeção também surge na esteira do anúncio da retomada do sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz em dezembro. No caso de 2021, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,34% para 3,35%. Há um mês, estava em 3,47%. A atualização no Focus foi feita por 49 instituições.
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em dezembro de 2020, de alta de 1,19% para avanço de 1,23%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava alta de 0,65%.
Para janeiro de 2021, a projeção no Focus foi de alta de 0,37% para 0,36% e, para fevereiro de 2021, passou de alta de 0,39% para 0,38%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0 43% e 0,41%, nesta ordem.
No Focus agora divulgado, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de alta de 3,99% para 3,87% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,80%.
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