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Temer defende projeto único para aprovação da reforma tributária

Ex-presidente afirmou que governo e Congresso precisam buscar texto de consenso e que reforma não deve ser fatiada em fases

Economia|Do R7

O ex-presidente Michel Temer
O ex-presidente Michel Temer O ex-presidente Michel Temer

O ex-presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira (24) que o governo federal deveria criar um projeto único de reforma tributária em conjunto com o Congresso Nacional, aproveitando ideias de projetos que já tramitam nas duas Casas legislativas e também as propostas do Executivo. Ele opinou também que o governo não deve fatiar a reforma, como o ministro Paulo Guedes anunciou que pretende fazer, apresentando as propostas em até 4 fases.

A ideia seria fechar um consenso para acelerar a aprovação e aproveitar o momento em que há disposição para esse tipo de mudança no país, afirma.

"Tem que se trabalhar com a realidade política-administrativa. A reforma avançou bastante. Eu tentaria sentar com o projeto da Câmara, o de Senado, e falar vamos fazer um projeto único. Dá uma mensagem muito útil para o empresariado", disse. "Esse momento está tão maduro, que nós não podemos perder essa chance", avaliou em live promovida pelo grupo Lide.

Paulo Guedes entrega primeira fase da proposta de reforma tributária

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Temer se refere as duas PECs (Proposta de Emenda à Constituição) que tramitam no Legislativo. Uma no Senado, assinada por vários parlamentares, reduz impostos sobre alimentos e medicamentos, unifica nove impostos e cria uma cobrança tributária eletrônica. Já a proposta da Câmara, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), cria um Comitê Gestor Federal, unifica cinco impostos e prevê um período de dez anos de transição.

Já o gestão Jair Bolsonaro tentou dar novos passos no sentido de aprovar uma reforma tributária nesta semana. A primeira fase do projeto do governo foi apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na terça-feira (21). A proposta institui a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços, imposto que substituirá o PIS/Pasep e a Cofins, com alíquota única de 12%, o que provocou críticas e elogias. Já a unificação de outros impostos deverá ser tema de novo projeto a ser enviado pelo governo, assim como a criação do imposto sobre transações digitais.

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Temer opinou também que será um equívoco aumentar a carga tributária. "Se você neste momento aponta a ideia de um aumento da carga tributária, isso prejudica até a recuperação do país", disse.

Congresso

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Temer afirmou ainda que o presidente Jair Bolsonaro "demorou" para aumentar sua integração com o Congresso e que a Constituição prevê que Executivo e Legislativo devem governar juntos, já que o Legislativo produz as leis. Para Temer, Bolsonaro deveria ter trazido o Congresso "imediatamente" para governar com ele. A campanha foi muito na base do “eu sou diferete". 

A constatação diz respeito à aproximação com os partidos, em especial com o chamado "centrão".

O ex-presidente participou do debate chamado “Construção de Pontes”, mediado pelo jornalista William Waack e que contou também com a participação do chairman do Lide, Luiz Fernando Furlan, e do diretor executivo do Grupo Doria, João Doria Neto.

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