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UE e Itália avaliam recapitalizar bancos antes de testes de estresse

Economia|

BRUXELAS (Reuters) - A Itália está em conversas com a Comissão Europeia para desenhar um plano de recapitalização de bancos italianos com recursos públicos, limitando as perdas para os investidores dessas instituições, disse uma porta-voz da União Europeia neste domingo.

O movimento deve ajudar os bancos italianos, que enfrentam riscos de não passar em uma última rodada de testes de estresse pela Europa, cujos resultados devem sair em 29 de julho, uma vez que essas instituições financeiras enfrentam um colapso no preço de suas ações e seguem sobrecarregadas por empréstimos ruins.

"Estamos em contato com as autoridades italianas", disse uma porta-voz da Comissão Europeia ao ser questionada sobre conversas entre Roma e UE para uma possível recapitalização dos bancos italianos.

"Com base nos precedentes, há uma série de soluções que podem ser endereçadas totalmente de acordo com as regras da UE em relação a liquidez e falta de capital em bancos sem que haja efeitos adversos sobre os investidores de varejo", afirmou a porta-voz.

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Na última semana, a Comissão havia autorizado um plano do governo italiano para garantir liquidez aos bancos no caso de uma crise financeira.

Para resolver a falta de capital que pode ser revelada ao final dos testes de estresse que acontecerão em julho, o governo italiano avalia uma injeção de recursos públicos nos bancos mais fracos.

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A possível medida precisa ser aprovada pela Comissão Europeia, que é responsável por supervisionar a aplicação da legislação antitruste.

As regras da UE sobre resgates de bancos preveem perdas para os investidores bancários antes de dinheiro dos contribuintes poder ser usado em um resgate.

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Mas essas regras, que estão em vigor desde janeiro, permitem que o Estado compre diretamente participação em bancos que falhem em testes de estresse caso estes não consigam obter financiamento nos mercados devido a "uma perturbação grave" na economia doméstica.

Esse apoio do Estado, no entanto, não deve vir sem limitações. O esquema já foi aplicado para resgatar os principais bancos gregos no ano passado, quando a Comissão Europeia exigiu como contrapartida planos de reestruturação que forçaram os bancos a vender ativos e cortar empregos.

Detentores de títulos dos bancos também foram forçados a trocá-los por ações, o que resultou em perdas, embora a operação tenha evitado uma perda total dos investimentos que aconteceria no caso de liquidação dos bancos.

(Por Francesco Guarascio)

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