RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mineradora Vale foi multada em 6 milhões de reais pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) do Espírito Santo, por despejo de materiais como minério de ferro, carvão e fertilizantes no porto capixaba de Tubarão, maior exportador de minério e pelotas de ferro do mundo.
O órgão ambiental explicou que a queda do material nos píeres de Tubarão, administrado pela Vale, foi constatada em uma vistoria no primeiro dia deste mês e a companhia foi notificada na última sexta-feira.
"A empresa Vale também foi intimada a remover todo o resíduo de minério, a manter todo o local limpo e a intensificar as medidas de limpeza, aumentando o número de pessoas e máquinas, para que o píer fique limpo", afirmou o Iema em nota.
Segundo o órgão, a Vale tem 15 dias a partir da data de entrega do auto de multa para apresentar defesa.
Em nota, a Vale disse que irá avaliar a notificação recebida para se manifestar dentro do prazo estipulado pelo órgão.
Além disso, disse que vem atuando e investindo em seus sistemas de controle ambiental e cumprindo "rigorosamente" a legislação ambiental.
"A Vale reitera o seu compromisso com as comunidades da região da Grande Vitória, com o meio ambiente e com as suas operações", afirmou a companhia por e-mail.
A multa acontece menos de um mês após o porto ter sido interditado por cerca de quatro dias pela Justiça Federal, que buscava obrigar a Vale a adotar novas medidas para evitar danos ao meio ambiente a partir de suas atividades em Tubarão.
A interdição impediu que a empresa exportasse 200 mil toneladas por dia de minério de ferro, segundo a Vale, e foi derrubada após a empresa conseguir liminar liberando o porto. A Justiça deu prazo de 60 dias para a empresa apresentar um plano de solução.
Na ocasião, a prefeitura de Vitória, capital do Espírito Santo, também multou a Vale em 34,2 milhões de reais, por supostamente causar danos ao meio ambiente em Tubarão.
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(Por Rodrigo Viga Gaier; reportagem adicional de Marta Nogueira)
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