Tesouro Direto é visto como a aplicação mais democrática por especialistas
ThinkstockNinguém discute que quitar as dívidas é a melhor opção quando você recebe um dinheiro extra, como o saldo do saque de uma conta de FGTS que estava inativa. Mas, para quem já passou dessa fase e não deve literalmente nada a ninguém, a melhor opção é buscar um investimento seguro e compatível com o valor disponível.
Para quem sacou até R$ 1 mil, o Tesouro Direto (Selic) é uma boa opção para investir, segundo o sócio da VBL Consultoria, Carlos Roberto de Antonio:
— Nesta opção, o investidor adquire títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, que o remunera por isso. Possui rendimento de 100% da variação da Selic (taxa básica de juros da economia, que atualmente está fixada em 10,25% ao ano) e pode ser sacado a qualquer momento. Trata-se de uma aplicação segura, pois é garantida pelo Governo Federal e não apresenta risco de prejuízo se o investidor vender o produto antes do prazo de vencimento, já que ele paga a variação da taxa Selic, que é sempre positiva.
Não é por acaso que o Tesouro Direto é visto por muitos especialistas como a aplicação mais democrática, já que paga a mesma taxa tanto para o pequeno quanto para o grande investidor.
Mas atenção, assim como investimentos de renda fixa, a tributação dos títulos públicos também é tributada pelo Imposto de Renda.
O investimento no Tesouro Direto também é recomendado pelo planejador financeiro da Par Mais Empoderamento Financeiro, Márcio Wolter Filho:
— O interessante também é que, por ele ser um investimento de renda fixa pós-fixado, caso se precise do dinheiro “amanhã” não há risco de se resgatar menos do que foi colocado. Para fazer esse investimento é muito simples, pode ser por meio da corretora de valores do seu próprio banco ou numa corretora de valores independente.
O consultor Carlos Roberto de Antonio também sugere o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e a poupança:
— Embora o CDB seja uma aplicação menos atraente que o Tesouro Direto, porque as taxas para baixos valores possuem uma rentabilidade abaixo dos 100% da taxa Selic, também pode ser uma opção. Lembrando que o CDB também é tributado pela tabela regressiva do Imposto de Renda. Já a poupança, que sempre foi a aplicação preferida de muitos brasileiros, é isenta de cobrança de Imposto de Renda e IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros). Ela apresenta menor rentabilidade que as demais aplicações, mas a praticidade e os “usos e costumes” dos brasileiros, ainda fazem dela um sucesso.
Já quem sacou R$ 5 mil de uma conta inativa pode alçar voos mais altos, como um Fundo de Investimento. De acordo com Carlos Roberto de Antonio é uma opção interessante para quem prefere terceirizar a gestão desses recursos e gosta de diversificar:
— O Fundo de Investimento é um condomínio que reúne recursos de vários investidores (conhecido como cotistas) com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aquisição de uma carteira formada por vários tipos de investimentos (conhecidos como ativos). A carteira do Fundo pode englobar Títulos de Renda Fixa, Títulos Públicos, Títulos Cambiais, Derivativos, Commodities, Ações, dentre outros. Também há a opção dos Fundos de Investimentos Imobiliários que são formados por grupos de investidores que aplicam recursos em negócios imobiliários, podendo atuar na criação de empreendimentos imobiliários ou em imóveis prontos, como edifícios comerciais, shopping centers, etc.