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Vencedor do Nobel defende novo imposto para Google e Facebook

Paul Romer reforçou que uma estratégia para reduzir o poderio das "big techs" pode ser tributação progressiva para a venda de publicidade

Economia|Do R7

Paul Romer recebeu o prêmio Nobel de Economia em 2018
Paul Romer recebeu o prêmio Nobel de Economia em 2018 Paul Romer recebeu o prêmio Nobel de Economia em 2018

O modelo de negócios de empresas como Facebook e Google, que fazem uso de dados de usuários sem que eles saibam disso para sustentar publicidade direcionada, é uma prática que levanta o alerta em diversos especialistas no assunto. Não é diferente com Paul Romer, ex-economista-chefe do Banco Mundial e ganhador do prêmio Nobel de Economia em 2018.

Veja também: Google e Facebook rejeitam acusações sobre anúncios políticos

Em entrevista ao Valor Econômico, Romer reforçou que uma estratégia para atingir o objetivo de reduzir o poderio das gigantes no mundo digital pode ser a criação de um imposto progressivo para a venda de publicidade, que usa dados de usuários para atingir públicos específicos. Ou seja, quanto mais receitas adquiridas através dessa prática, maior a taxação.

“O que isso faria é que uma empresa como o Google poderia avaliar que pagaria menos imposto se dividindo em dez companhias diferentes. E ainda se beneficiar de vender esses negócios”, disse Romer. Segundo ele, a tributação escalonada também evitaria que empresas menores sofressem com altas cargas de impostos, o que poderia aumentar custos e restringir a inovação.

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O modelo de atuação das “big techs” – gigantes da tecnologia – vem sendo alvo de críticas desde 2016 por conta da disseminação de notícias falsas e da interferência russa na eleição dos Estados Unidos. Além de Romer, outras pessoas como o investidor Roger McNamee – mentor de Mark Zuckerberg nos primeiros anos de Facebook – e o cofundador do Facebook, Chris Hughes, também são vozes ativas no coro contra o modelo de negócios dessas empresas.

“Converso com o Roger e com o Chris. Temos algumas discordâncias na forma como fazer isso, mas é importante que mais vozes falem sobre isso”, diz.

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