O presidente da Abeifa, Marcel Visconde, informou, em nota, que o desempenho do setor no ano passado refletiu "a sucessão de eventos que impactaram negativamente o setor automotivo como um todo e não só o segmento de importados", o que trouxe os negócios do setor de importados ao patamar de 10 anos atrás.
"O ano de 2015 foi, sem dúvida, um dos anos mais difíceis para o setor, com forte impacto da queda da confiança do consumidor, retorno da inflação de dois dígitos, queda dos níveis de emprego e o aumento do dólar", informou. "A recuperação em 2016 dependerá de ações firmes do governo para a recuperação da economia e o retorno da confiança do consumidor. Todos os agentes envolvidos na cadeia, sejam as empresas importadoras, as fabricantes e a rede de revendedores já começaram a readequar suas operações para o novo patamar do mercado", complementou Visconde.
Entre as importadoras, apenas Volvo, com alta de 22,3%, para 3.811 unidades, Jaguar, com aumento de 34,6%, para 513 veículos, e a luxuosa Rolls Royce, com 5 veículos (alta de 150%) comercializados, tiveram desempenho positivo em 2015 entre os importados.
Por outro lado, o desempenho das associadas à Abeifa que também produzem modelos no País mostra a substituição de importados pelos nacionais nos seus números entre 2014 e 2015.
A venda de importados pela BMW caiu 60,9% entre 2014 e 2015, de 14.346 para 5.604. Já as vendas de nacionais da montadora alemã com fábrica em Santa Catarina saíram de 480 para 10.203 entre os períodos. Com isso, as vendas totais da BMW no País saíram de 14.826 para 15.807 veículos, alta de 6,6% em 2015.
A chinesa Chery vendeu 1.380 veículos produzidos na fábrica em Jacareí (SP) em 2015, primeiro ano contabilizado pela montadora, e as vendas de nacionais da Suzuki caíram 6,7%, para 2.251 unidades no ano passado.