Após o confronto com a Tropa de Choque da Polícia Militar durante "trancaço" dos três portões da Cidade Universitária, no Butantã, na última quarta-feira (20), os funcionários da USP (Universidade de São Paulo) decidiram continuar em greve.
Para sindicato, repressão da PM durante confronto com alunos e funcionários lembra ditadura
Em reunião organizada ontem (21), eles debateram o confronto com a Tropa de Choque e a greve. Segundo representantes do Sintusp (Sindicato dos trabalhadores da USP) o avanço dos policiais foi violento e lembrou os tempos de ditadura.
Já a reitoria da USP tem visão diferente do fato. Em nota sobre o confronto entre policiais militares e manifestantes grevistas, a diretoria da insituição afirma que o trancamento de todos os portões do campus da Universidade foi um problema porque“afeta o direito de todos os servidores técnico-administrativos, estudantes e professores que não aderiram à greve, assim como a circulação de veículos e pedestres de toda a região da Cidade Universitária, impedindo, ainda, o acesso dos cidadãos que usam os serviços oferecidos pela USP à sociedade”.
Audiência pública
Além de debater temas da greve e o ataque da PM, os grevistas comemoraram o resultado da audiência pública no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, que negou a liminar da reitoria contra a greve.
A magistrada Rilma Aparecida Hemetério também decidiu antecipar as negociações entre universidade e grevistas, e pediu que a reitoria da USP apresente uma possibilidade de reajuste.