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Crianças de 1 ano já têm contato com tablets em escolas

Pais ainda têm dúvidas sobre a influência dos cliques no desenvolvimento infantil

Educação|

Os aplicativos ajudam no ensino da identificação de cores e formas
Os aplicativos ajudam no ensino da identificação de cores e formas Os aplicativos ajudam no ensino da identificação de cores e formas

Mal deram os primeiros passos e os bebês já dominam tablets e smartphones. Mas os pais ainda têm dúvidas sobre a influência dos cliques no desenvolvimento infantil. Algumas escolas, de olho nas potencialidades pedagógicas, usam os aparelhos com alunos desde 1 ano de idade.

A bancária Vanessa Brandani deu um tablet de presente para a filha Isabela, que acabou de completar 3 anos. No aparelho, a criança curte brincadeiras tradicionais em versão high-tech, como jogo da memória e quebra-cabeça.

— Mesmo novinha, ela manuseia com muita facilidade. Aprendeu quase sozinha. Parece que estava conectada desde a barriga.

Para a mãe, há vantagens. "Ela identifica o próprio nome na tela. Tem aplicativos de pintar, desenhar. Desenvolve a coordenação motora", disse. "Sei que alguns especialistas são contra. Mas no restaurante é um santo remédio. Ela se distrai", afirma Vanessa, de 36 anos.

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— Controlo tudo o que ela acessa e não deixo usar por tempo demais.

Em classe

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No Colégio Mater Dei, no Jardim Paulista, zona oeste da capital, os games e a internet entraram na rotina dos alunos pequenos. O bebê, de só 1 ano, desliza o dedo pela tela em um teclado virtual. Em outro jogo, escuta o ruído de um animal ao clicar na foto correspondente.

"É tudo adaptado para cada faixa etária, com planejamento e limite de horário", explica Lucila Cafaro, coordenadora de educação infantil.

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Os aplicativos ajudam na identificação de cores e formas, para os mais novos, e na grafia de letras ou quantificação de números, na fase de pré-alfabetização.

— E não são apenas joguinhos: eles também veem vídeos e fazem tour virtual por museus.

Mas a ideia, reforça Lucila, não é substituir as atividades físicas e manuais, mas complementar.

Mesmo antes de entrar em classe, a tecnologia tem efeitos. As crianças da era digital têm perfil diferente daquelas do passado. "Têm mais conhecimento prévio. E, por causa da tecnologia, são mais criativas", descreve Lucila.

— A maior dificuldade é o contato com o próximo. São mais individualistas

Outra demanda, disse ela, é por dinamismo: têm ainda menos paciência para ficar muito tempo na mesma atividade.

Paola Carone, de 5 anos, está entusiasmada com os tablets em sala de aula. O uso da tecnologia começou no ano passado na Escola PlayPen, no Cidade Jardim, zona oeste.

— É legal porque a gente pode escolher o jogo. Só não pede o que precisa escrever porque a gente não sabe ainda.

Cada turma tem um pacote próprio de games para evitar contato precoce com alguns conteúdos.

Em casa 

Em casa, Paola usa o tablet dos irmãos, mas quer um próprio. Gabriel Penalva, de 5 anos, colega de Paola, já tem um aparelho. E a intimidade com o teclado faz o menino preferir escrever o nome na tela ao papel.

— Às vezes eu não lembro como faz a letra 'e'. Na tela, já aparece e aperto.

Segundo Glaucia Rosas, coordenadora de tecnologia da PlayPen, os equipamentos facilitam um trabalho mais personalizado.

— A professora consegue ficar com o grupo de alunos que precisa de atenção individual. Enquanto isso, pode deixar um grupo mais avançado sozinho porque o iPad já dá o feedback que o aluno precisa. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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