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Cursos de graduação a distância de serviço social têm fragilidades, diz conselho

Informações coletadas pelos conselhos regionais de serviço social mostram problemas

Educação|Da Agência Brasil

Um estudo lançado hoje (18) pelo Conselho Federal de Serviço Social aponta fragilidades nos cursos de graduação a distância de serviço social. O documento indica problemas principalmente na supervisão do estágio obrigatório dos estudantes com o número excessivo de estagiários por professor e supervisão acadêmica feita a distância.

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Outros problemas relatados no segundo volume do estudo, intitulado Incompatibilidade entre Graduação à Distância e Serviço Social, são a supervisão acadêmica e de campo exercidas pelo mesmo profissional, supervisores acadêmicos com registro em outros estados e até mesmo a ausência de supervisão.

O primeiro volume do estudo, lançado em 2011, relatou problemas como falta de bibliotecas, de infraestutura física e de equipamentos adequados nos pólos dos cursos.

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Os estudos foram baseados em informações coletadas pelos conselhos regionais de serviço social. Na avaliação da professora da Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora na área de educação a distância, Larissa Dahmer, o ensino a distância precariza a formação do profissional da assistência social.

— Como você gradua um profissional que vai trabalhar com questões extremamente complexas sem o embasamento teórico maior, sem ter uma vivência com pesquisa, com extensão, com diversos professores?.

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Segundo ela, a formação deficiente compromete o serviço prestado à população.

A pesquisadora defende ainda a oferta de educação pública presencial de qualidade para todos como forma de evitar que os estudantes busquem a educação a distância.

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A coordenadora do Conselho Federal de Serviço Social, Juliana Melim, disse que representantes do Conselho Federal de Serviço Social e dos conselhos regionais pretendem agendar reuniões com o Ministério da Educação, o CNE (Conselho Nacional de Educação) e Ministério Público Federal para apresentar a pesquisa e pedir mais rigor na fiscalização do ensino a distância e a garantia do direito a educação pública de qualidade.

O CNE discute atualmente um novo marco regulatório para a educação à distância. Entre as mudanças previstas está a elaboração de uma nova avaliação para a modalidade que levará em conta as especificidades de cada instituição e a qualidade ofertada, de acordo com o conselho.

Para o funcionamento dos cursos, o projeto institucional, a inovação, a estrutura, o corpo docente e a interdisciplinaridade da instituição deverão ser valorizado para o credenciamento e recredenciamento pelo Ministério da Educação.

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