-
Alunos das ETECs (Escolas Técnicas do Estado) ocuparam na tarde desta quinta-feira (28), um prédio administrativo do Centro Paula Souza — autarquia do governo estadual responsável pela administração das unidades —, na Luz, região central de São Paulo. Os estudantes protestam contra cortes na merenda e defendem que todas as escolas tenham alimentação
MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
-
Na manhã desta quinta-feira, os alunos fizeram uma manifestação na avenida Paulista e, depois, seguiram para o prédio, na rua Paula Souza. Eles decidiram em assembleia que, se a diretora-superintendente do centro, Laura Laganá, não os recebessem para uma conversa, o prédio seria ocupado
RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
-
Por volta das 15h30, os alunos entraram no prédio. Segundo uma manifestante, cerca de 300 estudantes estão no local
MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
-
No dia 20, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que escolas técnicas da rede estadual de São Paulo na capital estão sem merenda ou com o fornecimento irregular desde o início do ano letivo
PAULO ERMANTINO/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO
-
Em algumas unidades, os alunos recebem apenas a comida seca (bolachas, barra de cereal e suco), que às vezes não é distribuída por semanas. Em outras, não há o fornecimento de nenhum alimento
DARIO OLIVEIRA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
-
Na ocasião, o Centro Paula Souza admitiu o problema e disse que trabalhava para solucionar "questões pontuais", com a readequação da estrutura disponível em algumas unidades e a negociação com as prefeituras e a Secretaria Estadual da Educação
ROGÉRIO PADULA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
-
Os alunos estão reunidos no saguão do prédio. Segundo a organização Mau Educação, a ocupação deve permanecer durante toda a noite, pelo menos. Não há previsão para a saída dos estudantes
ROBERTO SUNGI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
-
Os estudantes protestam contra os cortes de verbas na educação, o fechamento de salas de aula e pela punição da máfia da merenda. A Polícia Militar é acionada para conter os manifestantes
ROGÉRIO PADULA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
-
O grupo de estudantes realizou manifestação contra desvio de verbas da merenda escolar, no centro de São Paulo (SP). Iniciada na avenida Paulista, a manifestação seguiu em direção à Secretaria da Educação
ROBERTO SUNGI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
-
Uma repórter da rádio CBN foi atacada com spray de pimenta durante o protesto dos estudantes, por volta das 14h20 desta quinta-feira. A jornalista Annie Zanetti foi atingida no rosto, orelha e pescoço. Segundo relato da repórter dado à CBN, o ataque aconteceu após os alunos seguirem para o Centro Paula Souza.
Os policiais, alguns munidos de cassetetes, usaram gás de pimenta para dispersar a multidão. Enquanto ela filmava os alunos entrando no prédio, um PM se aproximou e disparou o spray. A repórter confirmou que estava identificada com o crachá da rádio. Ela ainda tentou filmar o PM, mas não conseguiu devido à ardência nos olhos. Em seguida, pediu socorro e foi atendida por um dos alunos.
Ainda de acordo com a jornalista, ela sentiu muita dificuldade de respirar e ardência até quase duas horas após o ataque. Annie será encaminhada a um hospital
O secretário de Segurança Pública determinou, por meio de nota, “uma imediata e rigorosa apuração da denúncia da rádio CBN, após tomar conhecimento do caso e assistir ao vídeo publicado na internet”Reprodução/ CBN
-
Por meio de nota, o Centro Paula Souza confirmou o protesto dos estudantes. De acordo com o texto, a superintendência recebeu um documento com as reivindicações, que incluem itens como merenda, democratização, terceirização, entre outros. O órgão afirma, ainda, que está disposto a dialogar com uma comissão de alunos
Experimente: todos os programas da Record na íntegra no R7 PlayPAULO ERMANTINO/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO