Professores que atuam fora de sala reclamam de atendimento médico e condições de trabalho

Quando foi fazer exames no DPME (Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo) para atuar nas escolas em ambientes fora da sala de aula, a professora readaptada Rosi Tomura, 48 anos, afirma ter tido um tratamento indiferente da médica que a atendeu. Rosi passava por uma depressão em 2002 e foi atendida por um psiquiatra no DPM. — Eu não conseguia falar nada porque só chorava. A médica já faz uma triagem por ali. Ela era extremamente fria. Chegou a falar que não estava lá para brincar e gritou comigo. Ela me tratou como um cachorro e me senti muito humilhada. Eu estava tão fragilizada que procurei uma das janelas do prédio para me jogar. Ela me largou sozinha na sala e só não me joguei, porque tinha grade na janela. Após conseguir a readaptação, Rosi passou a militar pela causa de professores na mesma condição que a sua. Hoje, atua como presidente da recém-lançada ASPRESP (Associação dos Professores Readaptados do Estado de São Paulo) e afirma que o tratamento dos médicos durante as perícias é um dos principais problemas enfrentados pela entidade.   — Já soube de casos que os médicos mandaram professores com lesão 'sambar' para testar se eles estavam realmente debilitados fisicamente