Algumas expressões são tão utilizadas que, muitas vezes, nem desconfiamos de que elas estão gramaticalmente incorretas. Esse é o caso das frases como “eu chego no banco” e "aluga-se casas", por exemplo.
Para identificar os erros mais comuns cometidos no dia a dia pelos brasileiros, o R7 convidou a coordenadora do curso de letras da Universidade
Presbiteriana Mackenzie, Elaine Cristina Prado dos Santos. Veja nas imagens a seguir
a lista feita por ela e a forma correta de se falar
*Colaborou Plínio Aguiar, estagiário do R7
Jonne Rorir - 23/03/2007 - Agência Estado
Para a professora, a expressão "certeza absoluta" é um
pleonasmo vicioso, ou seja, um uso desnecessário de duas expressões que têm o mesmo significado. Nesse caso, dizer "tenho certeza" basta para indicar sua convicção
Reprodução Facebook
O uso do gerúndio continua sendo um dos erros mais cometidos. O vício de linguagem teria surgido, segundo a professora, a partir da tradução literal para o português de manuais de telemarketing originalmente escritos em inglês. Expressões como “we will be sending” passou a ser empregada em português (vou estar mandando) para dar a ideia de um futuro próximo.
Na Língua Portuguesa, para se referir ao futuro, nós utilizamos o futuro do presente do indicativo, “enviaremos”, ou a locução verbal “vamos enviar” ou, ainda, a voz passiva em futuro “será enviado”
J. F. Diorio - 07/10/2010 - Agência Estado
Outro erro comum, encontrado aos montes em placas do ramo imobiliário, é a concordância dos verbos "alugar" e "vender". O uso correto é "alugam-se casas" e "vendem-se apartamentos". "Aluga-se casas" está errado
Antônio Milena - 15/11/2006 - Agência Estado
A regência correta do verbo "chegar" é "a".
“Eu chego no banco” (errado) "Eu chego ao banco” (correto)
Rafael Neddermeyer - Fotos Públicas
O verbo "vir" tem como regência a preposição "de", ou seja, vir de algum
lugar significa locomover-se de um lugar.
"São Paulo é a cidade da onde vieram os nossos estudantes" (errado) "São Paulo é a cidade de onde vieram os nossos estudantes" (certo)
Embratur
O verbo "fazer" indicando tempo é empregado de maneira impessoal, ou seja, sempre na terceira pessoa do singular.
"Fazem 28 anos que eu me casei" (errado) "Faz 28 anos que eu me casei" (certo)
Valdecir Galor - SMCS
O verbo haver, com sentido de existir, deve ser empregado de maneira impessoal, ou seja, na terceira pessoa do singular.
"Haviam muitos
alunos em sala de aula" (errado) "Havia muitos alunos em sala de aula" (certo)
Elza Fiuza Agência Brasil
O verbo "preferir" tem a seguinte regência: preferir uma coisa a outra.
"Prefiro
comer salgado do que doce” (errado) “Prefiro comer salgado a doce” (certo)
Jonne Roriz - 17/06/2004 - Agência Estado
Quando o verbo haver indica tempo passado, dispensa o uso do termo "atrás". Segundo a professora Elaine Cristina Prado dos Santos, expressões como “há 27 anos atrás eu trabalhei na Câmara” são comuns. O correto é “há 27 anos, eu trabalhei na Câmara”