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Grevistas de 4 universidades federais decidem boicotar Sisu

Objetivo é pressionar o MEC a negociar com a categoria; matrícula deve ser feita até dia 23

Educação|

Em greve desde o fim de maio, servidores técnico-administrativos de quatro universidades federais anunciaram na terça-feira (16), que não vão fazer as matrículas do segundo semestre do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). O objetivo é pressionar o Ministério da Educação a negociar com a categoria. A matrícula deve ser feita nos dias 19, 22 e 23.

Entre as instituições que podem ficar sem fazer as matrículas estão as duas mais procuradas: UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e UFRJ (Rio de Janeiro). A medida também foi anunciada na Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) e na UFF (Federal Fluminense).

O Sisu é o sistema do Ministério da Educação por meio do qual as universidades públicas oferecem vagas para candidatos que se submeteram ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Os estudantes que fizeram o Enem em 2014, inscreveram-se no Sisu do segundo semestre de 2015 e foram aprovados precisam fazer a matrícula presencial na universidade onde pretendem estudar. Essa etapa é que está ameaçada.

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Mais procurada pelos estudantes (com 176.285 inscrições), a decisão dos servidores da UFMG afeta 2.717 aprovados na primeira chamada. Em nota, o sindicato informou que protesta principalmente contra o corte orçamentário que afetou sobretudo o hospital universitário — a instituição tem registrado falta de medicamentos e materiais básicos para atendimento.

Na UFRJ, a decisão do Sintufrj (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) afeta 3.731 estudantes. Na UniRio, os servidores em greve decidiram não emitir a lista de aprovados para a primeira chamada do Sisu. Como os professores não aderiram à paralisação, eles podem tentar fazer a matrícula, mas terão de se basear em uma lista do MEC (Ministério da Educação) que, segundo os técnicos, identifica os alunos apenas com dados básicos e há risco de fraude.

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Em nota, o MEC informou que, ao participarem do Sisu, as instituições têm de assegurar o direito do estudante à matrícula e disse que ainda não tem "informação" de que a greve possa afetar o processo. O ministério informou que, na paralisação de 2012, a UFRJ garantiu a matrícula dos alunos por meio de um sistema online, com comprovação documental posterior.

Greve

A paralisação dos técnicos administrativos afeta 48 instituições federais. A categoria reivindica reajuste de 27,3% no piso salarial. Também é contrária aos cortes nos orçamentos das universidades e à expansão da terceirização no serviço público.

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