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Para 53% dos universitários qualidade caiu, aponta estudo

Jovens já matriculados no ensino superior devem continuar a estudar, mas aqueles que vão prestar o Enem podem ficar fora do ensino privado

Educação|Karla Dunder, do R7

Ensino remoto em perspectiva
Ensino remoto em perspectiva Ensino remoto em perspectiva

Estudantes universitários, apesar da pandemia do coronavírus continuam otimistas e devem continuar os estudos no próximo ano, é o que aponta a pesquisa do Pravaler, instituição de financiamento estudantil, divulgada nesta terça-feira (28). Mas 53% afirmaram que a qualidade do ensino caiu com o ensino remoto.

Já a quarta etada da pesquisa da Abmes (Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior) mostra que 3,5 milhões de estudantes podem ficar longe das universidades privadas no próximo ano por conta da mudança de data do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

"O objetivo da pesquisa da Pravaler era saber a opinião dos alunos com a mudança abrupta para o ensino remoto, quais os anseios e preocupações", explicou Rafael Baddini, sócio-diretor de estratégia de negócio do Pravaler. 

Leia mais: Brasil só deve atingir meta para ensino superior em 2041

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Segundo o levantamento, apenas 6% dos estudantes ouvidos não pretendem continuar no próximo ano. 35,75% estão otimistas para o mundo pós pandemia e mesmo diante das dificuldades, pretendem continuar a estudar.

Para a maioria, 75% essa foi a primeira experiência com ensino remoto, 42% sentiram a ausência do professor e do contato com os colegas e 32% reclamaram não ter um local adequado para estudar.

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A maioria, 53%, afirmou que a qualidade do ensino caiu e houve uma queda expressiva no tempo dedicado aos estudos — de 8 horas diminuindo para 2 horas semanais. 72% respondeu que prefere aula presencial e 22% aceita modelo híbrido, desde que com uma metodologia mais dinâmica.

Entre os pontos positivos, os estudantes afirmaram que o ensino remoto permite 

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mais tempo para família, flexibilidade do local e de horário, além da redução do valor da mensalidade, muitas instituições deram descontos ou fizeram acordo para reduzir os valor das parcelas.

"O modelo híbrido pode ser um caminho no futuro para atrair mais pessoas para o ensino superior além de melhorar a experiência do ensino remoto ao usar ferramentas mais interativas e suprir a falta do contato humano", avalia Baddini.

Apesar de não ter sido um dos pontos da pesquisa, o executivo destaca que neste período houve um aumento da inadimplência. "Temos buscado soluções de financiamento para auxiliar no pagamento das dívidas e na rematrícula, além de elaborar um plano de expansão para atender mais estudantes em um futuro próximo."

Também foi divulgada nesta terça-feira (28) a quarta etapa da pesquisa “Coronavírus e Ensino Superior: o que os alunos pensam”, da Educa Insights, divulgado pela Abmes (Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior).

Os dados mostram o impacto do adiamento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na vida dos estudantes. O risco é que 3,5 milhões de jovens fiquem fora do ensino superior privado.

Isso porque o Enem é utilizado por muitas instituições particulares para o desconto na mensalidade ou mesmo a concessão de bolsas de estudo. A nota do exame também é utilizada para programas como o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

Como mostra a pesquisa, para 76% dos entrevistados, o principal motivo para realização do Enem neste ano é conseguir o melhor desconto possível ou bolsa de estudo. A Abmes informa que 80% dos estudantes só faz a matrícula após a divulgação das notas do Enem.

A Associação teme um apagão no setor no próximo ano. O calendário do Enem precisou ser alterado devido às dificuldades enfrentadas por estudantes neste período de isolamento social. As provas que estavam marcadas para janeiro foram remarcadas para janeiro de 2021.

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