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'Problema da Educação é maior que econômico', diz professor

Estudo do Insper em parceria com o Instituto Unibanco aponta perdas na aprendizagem no ensino médio durante a pandemia

Educação|Do R7

Sala de aula com carteiras vazias: houve perda de aprendizagem em português e matemática
Sala de aula com carteiras vazias: houve perda de aprendizagem em português e matemática Sala de aula com carteiras vazias: houve perda de aprendizagem em português e matemática

O estudo Perda de aprendizagem na pandemia conduzido pelo Insper e Instituto Unibanco, apresentado nesta terça-feira (1º). A publicação estima impacto da suspensão das aulas presenciais no desenvolvimento dos estudantes que irão se formar no Ensino Médio em 2021. Pela estimativa, os alunos do 3º ano podem regredir no aprendizado de matemática.

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"Podemos dizer que o problema da Educação é maior que o econômico nesta pandemia", avalia o economista e professor do Insper Ricardo Paes de Barros, responsável pela condução do estudo. O estudo partiu do questionamento de quanto os alunos deixaram de aprender em 2020 por causa da pandemia no Brasil e a partir desses dados, é direcionar políticas para mitigar esse problema.

O estudo levou em consideração o número de estudantes que não se engajaram no ensino remoto, por desinteresse ou problemas de conexão, os que se engajaram parcialmente e aqueles que tiveram um engajamento maior.

Jovens que iniciaram o atual ano letivo têm aprendizagem em língua portuguesa e matemática de 9 a 10 pontos (na escala Saeb - Sistema de Avaliação da Educação Básica) abaixo do que alcançariam se estivessem no ensino presencial. A publicação também chama a atenção para a falta de políticas bem-sucedidas em 2021 para a recuperação da aprendizagem desses estudantes, dessa forma, a perda pode ser de 16 a 20 pontos ao final de 2021. Um aluno aprende entre 15 e 20 pontos ao longo do ensino médio.

Caso não haja recuperação de perdas, da perspectiva econômica, cada estudante que concluir o ensino médio em 2021, terá uma perda de renda ao longo de sua vida entre R$20 e R$40 mil. No conjunto do ensino básico (fundamental e médio), a perda já supera R$700 bilhões, podendo chegar a R$1,5 trilhão caso não ocorra um retorno rápido ao ensino hídrido.

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