A coordenação pedagógica da escola aproxima os conceitos de Piaget às experiências específicas dos estudantes
R7Para melhor atender aos 639 estudantes que integram o Projeto Nova Canaã, os gestores do programa aplicam uma metodologia de ensino que permite que as referências sociais e culturais dos alunos tenham, sempre, espaço nas aulas.
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A iniciativa tem base na linha pedagógica sócio-interacionista, próxima do que os especialistas classificam como método construtivista de ensino.
Idealizado pelo educador e biólogo suíço Jean Piaget, o construtivismo disseminou o entendimento de que as crianças são capazes de construir o próprio aprendizado.
— Na perspectiva construtivista, o professor é o sujeito que ensina e que aprende ao mesmo tempo. Essa consciência é passada a todos os nossos educadores, explica Cássia da Silva, coordenadora pedagógica do Centro Educacional Bedel.
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A coordenação pedagógica da escola aproxima os conceitos de Piaget às experiências específicas dos estudantes. Muitos deles são moradores do sertão da Bahia e, alguns, chegam à escola com déficits educacionais devido, justamente, à situação social em que vivem.
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Segundo Pascoal Souza, coordenador pedagógico da instituição, a metodologia possibilita um trabalho diferenciado com os alunos com dificuldades de aprendizagem.
— O aluno passa a ser incentivado a participar ativamente do processo de ensino e, assim, se aproxima mais facialmente do ambiente escolar.
Assistência social
Se na instituição a participação dos estudantes é tratada de maneira especial, a falta dela também é motivo de atenção entre os gestores, professores e assistentes sociais.
Por ser um centro educacional filantrópico, o Bedel Projeto Nova Canaã conta com uma assiste social e uma psicóloga na equipe.
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A diretora Cássia conta que essas profissionais são responsáveis por garantir o bem estar social dos alunos para que eles possam aprender da melhor forma possível.
— Quando os professores e os pais detectam algum comportamento estranho dos alunos, como faltas frequentes e falta de estímulo para estudar, os estudantes são encaminhados ao psicólogo.
Já o trabalho da assistente social se dá por meio de visitas às famílias dos estudantes fora da escola.
— Se o aluno falta na escola um dia ou dois ou chega aqui machucado, nós ligamos para a família para saber o que está acontecendo. Mediante a isso, vemos se a família está com algum problema e encaminhamos a assiste social para a casa do estudante, explica Cássia.
O esforço para que os alunos tenham condições de se manterem estudando saudavelmente é assumido por toda a equipe escolar.
Reuniões entre os coordenadores, a assistente social e a psicóloga da instituição são realizadas semanalmente para acompanhar o caso de cada estudante.
— Assim, conseguimos ter um atendimento diferenciado na sala de aula com os alunos que estão passando por problemas familiares ou que têm outras dificuldades. Nesses casos, indicamos aos professores melhores formas para se dirigir à criança, diz o coordenador Souza.
O Projeto
O Projeto Nova Canaã funciona em uma fazenda de 450 hectares, na Bahia, onde crianças e jovens de 3 a 17 anos passam nove horas do dia em um constante aprendizado.
A cada início do ano letivo, são distribuídos uniformes e o material didático necessário para o acompanhamento das aulas. Todos os alunos contam ainda com atendimento médico, odontológico e psiquiátrico.
A iniciativa é uma parceria entre a ABPN (Associação Beneficente Projeto Nordeste) e o Grupo Record.
A ABPN foi criada em 2000. Todas as atividades executadas pela associação são gratuitas, e suas receitas vêm de doações recebidas por pessoas físicas ou jurídicas.
Seja você também um dos doadores. Acesse www.r7.com/canaa e conheça as crianças beneficiadas pelo Projeto Nova Canaã.